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segunda-feira, 6 de maio de 2019

O horror à crítica, à reflexão e à liberdade de pensamento


Paulo José Cunha
Do Congresso em Foco

O anúncio do corte de 30 porcento dos recursos destinados a todas as universidades federais foi um tapa na cara da inteligência brasileira. Que recebeu este bofetão depois de ouvir que três universidades teriam seus recursos bloqueados por promoverem “balbúrdia”. E isto depois do negocista alçado ao posto de ministro da educação anunciar o corte – referendado por Bolsonaro – nos recursos destinados aos cursos de Filosofia, Sociologia e Ciências Sociais. Três porradas seguidas.

Confesso: ando cansado. Bem que tento mudar de assunto. Pensava tratar nesta semana dos efeitos do crescimento da Inteligência Artificial na qualidade de vida e na invasão da privacidade. Ou da crise na Venezuela. Quem sabe, até analisar as causas da hegemonia da música de péssima extração que anda tocando por aí. Agora há pouco me veio a ideia, advertido pela minha mulher no café da manhã, de falar da péssima influência desses youtubers milionários na formação dos hábitos das novas gerações.

Não dá. É preciso botar água no chope desse povo. Suas atitudes e declarações desastradas - e perigosas - escondem intenções autoritárias, racistas, monetaristas, homofóbicas e irresponsáveis, entre outras. O corte dos recursos das universidades é tão importante que os outros temas podem esperar.

O argumento é imbecil

Só pra rememorar: o argumento em favor do corte da verba para Filosofia, Sociologia - e Ciências Humanas de maneira geral, como o próprio Bolsonaro afirmou -, foi o de que o ensino de tais disciplinas “desrespeita o dinheiro do contribuinte” e que as universidades públicas devem centrar fogo na geração de “habilidades para quem paga imposto”.

Pois, na qualidade de professor universitário, afirmo que tal argumento é  utilitarista, inconstitucional, autoritário e desastradamente imbecil.

Aposto como o ministro da educação não tem a menor ideia do espírito que norteou a criação dos primeiros centros de reflexão que depois ganhariam o nome de universidades, senão não teria proferido essa imbecilidade. Pois a idéia do “livre pensar” contemplava conteúdos da filosofia de pensadores como Aristóteles e Platão, pilares do pensamento filosófico universal. Aristóteles dava aulas públicas no jardim da casa dele, o Lyceum.

Ali, mestre e discípulos cuidavam de entender o homem e o mundo, e não apenas uma profissão. Tratavam da “humanização do homem”, assuntos que provavelmente nem o capitão nem seu ministro saibam do que se trata. O surgimento das universidades na Europa possibilitou a disseminação do pensamento crítico que desaguaria no Renascimento e mais tarde no Iluminismo. Ou seja, a universidade não surgiu utilitarista, ensinando um ofício, um ganha-pão. Foi criada como espaço do pensamento crítico, da liberdade de ideias, da contestação de valores consagrados.

Se a “balbúrdia” a que o ministro se refere for isso, então ele que bote a culpa nos gregos. Só depois foi que as universidades, como as conhecemos hoje, começaram a formar profissionais deste ou daquele ofício. Além, naturalmente, de filósofos, sociólogos, cientistas sociais etc.

A mobilização autoritária

Sobre a situação criada com a decisão do corte, ouçamos o ex-reitor da UnB, professor José Geraldo: “Em toda ação política autoritária logo se instala o horror à crítica e à reflexão, muito fortes no ambiente cultural e na educação. Pense em Goebbels e seu tão forte horror à cultura que lhe dava o desejo de empunhar a pistola. E em Mussolini, ao afirmar em seguida à condenação de Gramsci, que era preciso fazer aquele cérebro parar de pensar por 20 anos. E na funesta procissão das tochas na Alemanha nazista, culminando com a queima de livros de Filosofia, de Sociologia e de Literatura. As ditaduras e o autoritarismo se valem por isso da violência. Contra a palavra, a censura; contra o corpo, a tortura; contra o protagonismo político, o banimento, o exílio e o assassinato político. Entre a ditadura explícita e a mobilização autoritária que a prepara, essa gradação vai se delineando, como estamos assistindo”.

Ressalta das últimas decisões na área do ensino superior, além da imbecilidade intrínseca a todas elas, uma absoluta falta de critério e método, essencial até para impor um projeto autoritário. Condenar Filosofia e Sociologia por não oferecerem habilidades – não resultarem numa profissão, em última instância – é apenas tentar extinguir o pensamento crítico, incômodo em si mesmo por promover a dúvida e celebrar o contraditório. O primeiro anúncio do corte de verbas que atingiu três universidades como a UnB teria sido motivado pelo fato de elas promoverem a “balbúrdia” (o “Aurélio” ensina que “balbúrdia” é vozerio, gritaria, tumulto, ou seja, tudo o que se deseja de uma instituição que abre espaço ao pensamento livre). E também por não atingirem as metas de produção acadêmicas. Obs.: a UnB está entre as mais bem posicionadas nos rankings internacionais.

Inimigos da universidade são inimigos do pensamento crítico

Depois das críticas recebidas e sem argumentos de defesa por parte do governo, ficou evidente a falta de critérios paras os cortes, com a extensão deles a TODAS as universidades públicas brasileiras, denunciando que a ação é contra a universidade como instituição promotora do pensamento livre que horroriza quem prega o sufocamento da livre expressão e a dominação das ideias pela censura, pela força ou, como é o caso, pela supressão de verbas. Na UnB, durante os anos de chumbo, vivi isso na prática, como aluno.

O jornal-laboratório “Campus” deixou de circular em alguns semestres porque o então reitor, o capitão-de-mar-e-guerra José Carlos de Azevedo, agente do general-ditador de plantão, cortou a verba de impressão do jornal. Ainda outro dia, antes da eleição do atual capitão à presidência da República, livros de Filosofia, Sociologia, Religião e Direitos Humanos da Biblioteca Central da UnB foram  rasgados, cortados, riscados. Alguém aí acredita em coincidência?

Fernando Henrique Cardoso – que não é de esquerda, que é sociólogo e que foi acusado de tentar privatizar a educação, só pra lembrar – também condenou o corte observando que reduzir gastos com Filosofia e Ciências Sociais é um erro até estratégico, “como se por aí se resolvesse o que de fato conta para o povo: renda e emprego”.

Cada ato do atual governo deixa mais clara a intenção autoritária. Pelos corredores do Congresso já se começa a falar de duas possibilidades: 1) configura-se a cada dia o risco de uma ruptura institucional, diante da tentação autoritária;  2) Bolsonaro dificilmente conseguirá concluir seu governo, porque começa a perder apoio até junto às Forças Armadas, onde parecia ter seu mais forte sustentáculo.

O PDT terá candidato a prefeito de São Luís em 2020


Muita gente tem me questionado sobre a viabilidade do Partido Democrático Trabalhista (PDT) usar seu protagonismo político e sua aguerrida militância para mais uma vez apostar em um novo nome na disputa majoritária para a Prefeitura de São Luís, nas eleições de 2020.

Humildemente tenho respondido que em política tudo é possível de acontecer. Além disso, acredito que o PDT entrará sim, na corrida sucessória ao Palácio La Ravardière, sede da administração municipal na capital maranhense.

Mais uma inquietação gera uma indagação sobre quem seria esse nome. 


Sou suspeito para falar, mas hoje o nome mais forte que surge nas pesquisas internas do partido e com o forte apoio do senador Weverton Rocha é o do presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Osmar Filho, que está em seu terceiro mandato eletivo.

Com zero por cento de rejeição, a figura do chefe do Legislativo começa a ser uma carta na manga do PDT para mais uma vez assumir esse protagonismo eleitoral no pleito vindouro.

Vale aguardar pra ver! 

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Homenagem ao sindicalista Bil Lopes na Câmara


O empenho em favor da organização e das lutas dos servidores públicos por melhorias nas condições econômicas, de trabalho e sociais no Estado, desde 1991, motivou a Câmara de Vereadores de São Luís a conceder, na terça-feira, 30, o título de cidadania a Cleinaldo Castro Lopes, de iniciativa do vereador Cezar Bombeiro (PSD).

O homenageado é natural de Viana, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Maranhão e membro da diretoria da Federação Nacional dos Servidores e Empregados Públicos Estaduais e o Distrito Federal. A proposta de reconhecimento ao trabalho do sindicalista foi do vereador Cézar Bombeiro (PSD), que é seu irmão e também natural de Viana.


A sessão solene foi presidida e secretariada por Cézar Bombeiro. A ela compareceram o representante do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), o secretário extraordinário de Relações Parlamentares, Nonato Chocolate; o primeiro-secretário da Federação das Indústrias do Estado, Pedro Holanda da Costa; o major Vieira, pertencente ao Corpo de Bombeiros do Maranhão; parte da banda da corporação de Bombeiros, além de sindicalistas e familiares do homenageado.

Emocionado, o vereador lembrou, da tribuna, ao irmão: “Você, que é negro como eu, não sabe o que é, nesta condição, usar esta tribuna. Estou aqui há dois anos e quatro meses e não me recordo de homenagem a um negro. Talvez tenha faltado a tal sessão”. Votando-se à plateia, completou: “Resolvi conceder um título a meu irmão para fazer justiça com ele. É um sindicalista, com muitos serviços prestados aos trabalhadores, nesta cidade e fora dela. Honras este título, esta cidade e esta população, mais do que vens honrando”, conclamou.

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Bombeiro tem encontro proveitoso com a bancada maranhense em Brasília

Bombeiro e Eduardo Braide
O líder do PSD na Câmara Municipal de São Luís, vereador Cezar Bombeiro, teve intensa agenda política em Brasília, na semana passada. Na oportunidade, o parlamentar peregrinou por todos os gabinetes dos deputados federais do Maranhão, em busca de apoio à Proposta de Emenda Constitucional 372/17, que cria a Polícia Penal Brasileira.

Após conversas, Bombeiro se reuniu com o deputado Eduardo Braide (PMN), tendo recebido importante apoio do representante da bancada em prol de projetos que o vereador pretende apresentar no Legislativo da capital maranhense, visando a melhoria da qualidade de vida da população.

O representante do PSD preferiu não tornar público o teor dos diálogos, pelo menos no momento, para evitar eventuais especulações políticas, que podem até atrapalhar o andamento das proposições.

Cezar Bombeiro, no entanto deixou bem claro que Eduardo Braide, como um dos fortes candidatos a prefeito de São Luís, em 2020, continuará sua peregrinação em visitar comunidades para ouvir anseios coletivos e ao mesmo tempo colher subsídios para um futuro plano de governo com a participação popular. 

"A verdade é que o crescimento da sua candidatura já é vista com muita intensidade na cidade de São Luís e tende a crescer muito mais", afirmou Cézar Bombeiro.

Hoje é o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador


Nesta quarta-feira, 1º de Maio, queremos saudar a todos os trabalhadores por mais essa data comemorativa, ainda que a mesma sirva também para um dia de reflexão, em especial no Brasil onde atualmente temos uma legião de mais de 13 milhões de pessoas desempregadas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

terça-feira, 30 de abril de 2019

Após renúncia Luís Fernando se volta para o mundo aeroespacial de Alcântara


O ex-prefeito reeleito de São José de Ribamar, Luís Fernando Silva (PSDB), que renunciou ao cargo recentemente, deixou o ostracismo político e resolveu expor sua visão sobre o uso do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), com o acordo de salvaguardas tecnológicas entre Brasil e Estados Unidos (EUA).

Luís Fernando utilizou o espaço da coluna de opinião de O Imparcial para falar sobre o título: "Alcântara, Maranhão e o mundo aeroespacial".

É indiscutível a importância que Alcântara terá no cenário da corrida espacial mundial após o Congresso Nacional aprovar o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), celebrado entre o Governo Brasileiro e os Estados Unidos, que visa a utilização comercial do Centro de Lançamento localizado na cidade, para o envio de foguetes ao espaço. A esperança é a de que todo o potencial do Centro, principalmente por sua proximidade com a linha do Equador, permitirá uma economia de até 30% de combustível, seja explorado e traga para nós, maranhenses, investimentos da ordem de bilhões de dólares....


segunda-feira, 29 de abril de 2019

Dino chama de preconceituosa declarações de Doria contra Lula


O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), criticou a postura "preconceituosa" do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que no domingo, 28, rebateu a entrevista concedida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos jornais Folha de S. Paulo e El País, em que disse, entre outras coisas, que o Brasil era governado por ‘um bando de maluco’.

Para o governador paulista a entrevista de Lula o surpreendeu. "Nunca vi presidiário dar entrevista na prisão. É um fato inédito no Brasil. O ex-presidente e presidiário Luiz Inácio Lula da Silva parece estar em um processo avançado de esclerose”, disse Doria.

As declarações do tucano atingiram no fígado o governador maranhense, que retrucou as críticas de Doria e saiu em defesa do aliado.

Nas redes sociais, Flávio Dino considerou as palavras do governador de São Paulo como extremamente preconceituosa. "Declaração altamente preconceituosa contra os mais idosos. Realmente deplorável", alfinetou o governador do Maranhão.

domingo, 28 de abril de 2019

Eleitorado de São Luís terá uma variedade de candidatos a prefeito


Até agora o único nome já confirmado como pré-candidato à Prefeitura de São Luís, para as eleições municipais de 2020, é o do nobre deputado estadual Neto Evangelista. A confirmação ocorreu, na sexta-feira passada, 26, durante Convenção Estadual do DEM, no Multicenter Sebrae.

A disposição do partido e do parlamentar, em oficializar a pré-candidatura, abre brechas para que outros nomes que almejam o mesmo intento, passem a fazer em breve.

Ao que parece, São Luís deve ter uma variedade de "bem intencionados" a transformar a capital maranhense em Paris. Além de Neto Evangelista, novas figuras políticas como o deputado Duarte Junior (PCdoB), o secretário Rubens Pereira Junior (PCdoB), o vice-prefeito e professor Júlio Pinheiro (PCdoB) também aprecem no rol de candidatáveis à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT).

Além disso existem outros nomes gravitando em torno da ascensão ao Palácio La Ravardière, sede do governo municipal, como o deputado federal Eduardo Braide (PMN), o deputado estadual Adriano Sarney (PV), o presidente da Câmara de São Luís Osmar Filho (PDT), o vereador e atual vice-presidente do Legislativo Astro de Ogum (PR), entre outros pretensos concorrentes que devem se aventurar no pleito vindouro.

Pelo visto, falta apenas cada um dos eventuais pré-candidatos combinar com o eleitorado de São Luís para seguir o caminho da urna eletrônica.

A sorte está lançada!

sábado, 27 de abril de 2019

Veja a íntegra da entrevista de Lula à Folha e El País

À Folha e ao El País, o ex-presidente Lula fala sobre prisão, o ministro da Justiça Sérgio Moro, o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF).

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Senador do PDT é contra privatização dos Lençóis Maranhenses


O senador Weverton Rocha (PDT) se manifestou contrário à possibilidade de privatização dos Lençóis Maranhenses, proposta que foi avaliada nas redes sociais pelo ministro do Turismo, Ricardo Salles, após ter se hospedado, dois dias da semana passada, em Barreirinhas, e conversado com políticos da região. 

Em postagem recente o ministro declarou: "...Se concedido ao setor privado então, se tornará um dos principais destinos do ecoturismo do mundo".

Já em entrevista ao site O Antagonista, o senador maranhense disse que "manter a gestão governamental é importante para garantir que a economia gire sem agressão ao meio ambiente”.

"Entendo que a exploração do parque por meio do turismo sustentável é uma saída, que vai, inclusive, ajudar a melhorar a renda na região. Mas, para que isso ocorra, é preciso um estudo correto, que aponte o melhor caminho", ressaltou o parlamentar.

Indiciamento nos três inquéritos prevê penas máximas de até 68 anos para Bolsonaro

I Indiciado nesta semana pela Polícia Federal (PF) por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização cri...