O professor, mestre em Desenvolvimento Socioespacial e Regional e militante do PSTU, Saulo Arcangeli, usou as redes sociais para criticar as posturas de enfrentamento do governo Flávio Dino (PCdoB) contra a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Maranhão.
Segundo Arcangeli, o estado já tem mais de 2.500 casos confirmados da doença, mais de 140 mortes e está em quase 60 municípios maranhenses. Para ele, isso coloca o Maranhão na sexta posição entre os estados com maior número de infectados e de mortes pela Covid-19.
"Temos uma média de mais de 10 mortes por dia, desde o dia 21 de abril, tendo São Luís, a segunda maior taxa de incidência do coronavírus por habitante entre as capitais do Brasil e já com 94,54% de leitos de UTI ocupados na rede pública, não garantindo o atendimento aos que precisam, em uma verdadeira roleta-russa humana", declarou Arcangeli.
Ele lembrou que na semana passada, o governador Flávio Dino anunciou que decretaria o Lockdown (fechamento total das atividades), caso a ocupação dos leitos de UTI chegasse a 80%. "Acontece que essa ocupação já está bem acima dos 90% na capital e o governador não executou a sua ação", ressaltou.
Para Arcangeli, na realidade Flávio Dino não poderia, de forma irresponsável, a partir de pedido empresarial, ter ampliado a liberação para toda indústria, portos e várias atividades comerciais não essenciais. "Além de permitir aos prefeitos que não sigam as restrições às atividades econômicas (desde a decisão, os municípios afetados pela Covid passaram de 17 para 59)", frisou.
Arcangeli disse ainda que, infelizmente os governos estadual e municipais, além de parte da imprensa, culpam as pessoas por estarem nas ruas. "Sabemos que é fundamental a conscientização permanente, mas como a população vai ficar em casa se grande parte está sendo obrigada a ir a seu trabalho, já que setores essenciais estão funcionando?", questionou.
Para ele, não adianta culpar os trabalhadores, mas sim, criar meios que garantam as pessoas em cvasa, com a suspensão de todas as atividades comerciais e industrias não essenciais. "Somente assim, garante-se a saúde e preserva-se a vida", finalizou o professor.