Segundo ele, que já exerceu a coordenação socioambiental e a Asssessoria de Relações Institucionais da empresa, no momento é um dos cinco membros do Conselho Administrativo da Companhia, que é de economia mista e cujo sócio majoritário é o próprio governo do estado.
Marcos Silva, que também representa os trabalhadores no Conselho Administrativo da empresa, destacou que nas eleições de 2014, Dino assumiu o compromisso público de manter a Caema uma empresa pública e foi bem claro em não privatizar jamais.
"Também disse que faria da Caema uma empresa eficiente e com metas para universalizar os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Além do mais se comprometeu em garantir a participação dos trabalhadores na gestão da empresa. Primeiro, parabenizo por não ter privatizado a Caema, mas quanto a eficiência, lamentavelmente a empresa não aconteceu", declarou Silva.
O comunista elencou alguns pontos falhos do governo Dino que compactuam para o desmonte da Caema. Para ele, o governo não avançou no combate às perdas físicas e aparentes, que ainda supera a casa dos 65% e as perdas de fatura chegam a quase 70%.
Além disso, Marcos Silva apontou que o governo do estado não conseguiu concluir as obras de esgotamento sanitário de São Luís, iniciadas ainda na gestão da ex-governadora Roseana Sarney (MDB).
Marcos Silva destacou também que dos 6 mil kits sanitários, para serem instalados em municípios de menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), foi reduzido para 3 mil kits e a Caema não instalou nem 1 mil.
"As obras de revitalização e expansão de sistemas de tratamento de água, a maioria não foi concluída, entre elas nos municípios de Chapadinha e Pinheiro. Dos 140 municípios a empresa conseguiu firmar somente um contrato com quase toda totalidade dos municípios operados em situação de contratos precários", frisou.
Com base nesse breve raio-x apresentado é que Marcos Silva garante que a política equivocada do governo Dino contribuiu para a manutenção do desmonte da Caema.