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quinta-feira, 27 de outubro de 2022

"Não há dúvida que Bolsonaro tenta tumultuar o processo eleitoral às vésperas dos brasileiros irem às urnas" diz Alexandre de Moraes


EDITORIAL

Não há mais dúvida que a intenção do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, é, de fato, tumultuar o processo eleitoral às vésperas do pleito do próximo dia 30, segundo palavras do próprio presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre Moraes.

E isso ficou bem claro, após coletiva à imprensa dada pelo chefe da Nação horas depois da Justiça Eleitoral negar andamento às denúncias feitas pela campanha do presidente-candidato à suposta fraude nas inserções de rádio.

Isso porque para o TSE faltam provas "consistentes" e a conclusão dos fatos narrados não se sustentam pela escassez de provas. Trata-se, portanto, de mais um factóide gerado pela horda bolsorista, percebendo que a terra está se abrindo a seus pés e vê cada vez mais a eleição escapar perante o crescimento do seu adversário, o ex-presidente Lula (PT) nessa reta dinal.

Só para se ter uma ideia da estapafúrdia narrativa montada pela campanha bolsonarista revela que a denúncia toma por base um monitoramento feito em oito rádios da região Nordeste, pela empresa Audiency, para concluir que mais de 100 horas de inserções de propaganda de Bolsonaro não teriam sido incluídas.

Porém, vale ressaltar e esclarecer que todas as inserções no segundo turno somam 9 horas e 35 minutos para os dois candidatos. Assim, a conclusão a que chega a denúncia parece ser uma projeção ampliada a partir da amostragem, muito acima, porém, do razoável, fato que ficou bastante evidente no despacho do ministro Alexandre de Moraes ao perceber as narrativas supostamente fraudulentas do candidato do PL.

Fora isso, temos o fato estranho de que quem fez a denúncia foi um servidor do próprio TSE, Alexandre Gomes Machado, que corroborou a suspeita de fraude às inserçoões à PF justamente no dia em que foi exonerado do cargo por acusações até de assédio moral e tentativa de influenciar politicamente na eleição presidencial em favor de Bolsonaro.

Como se não bastasse, o servidor é também acusado de troca de informações privilegiadas de dentro do TSE à campanha bolsonarista. Portanto, tudo muito estranho às vésperas de uma eleição que dividiu o país e tenta sufocar o Estado-Democrático no Brasil.

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Ex-prefeito de Santa Inês condenado a 8 anos de prisão por estupro de jovem evangélica


O ex-prefeito de Santa Inês e ex-deputado federal Ribamar Alves foi condenado a oito anos de prisão por um estupro que teria acontecido em fevereiro de 2016, em Santa Inês, interior do Maranhão. Ele era o gestor municipal na época.

Alves foi acusado de oferecer dinheiro em troca de relações sexuais com a vítima, que teria negado a investida e sofrido as agressões. Ribamar Alves foi eleito deputado federal três vezes pelo PSB do Maranhão e cumpriu dois mandatos completos – de 2003 até 2007 e de 2007 até 2011. Ele renunciou o terceiro mandato (2011-2015) para assumir a prefeitura de Santa Inês, em 2012.

A vítima, que na época tinha 18 anos, era evangélica e participava de uma campanha de arrecadação de dinheiro para custear seus estudos por meio da venda de livros religiosos.

Segundo a denúncia e o depoimento da adolescente, ela conversou com Alves pela manhã, quando teriam acordado a compra de Bíblias para as escolas do município. O ex-prefeito informou que a aquisição dos livros deveria ser feita por meio de uma licitação e que ainda não tinha todos os detalhes definidos.

Para acertar a compra, Alves e a jovem se encontraram para jantar. Foi quando o ex-deputado teria dobrado a oferta pela compra dos livros, por R$ 70 mil, em troca de relações sexuais. A jovem diz que negou as investidas, mas alega que Alves insistiu e a levou para um motel.

A vítima passou por exame de corpo delito, onde foram constatadas lesões compatíveis com o crime de estupro. O ex-deputado admite que a relação sexual aconteceu, mas alega que foi consensual.

Segundo a sentença, “o único elemento probatório destoante do acervo processual foi o interrogatório do acusado, que tentou a todo momento demonstrar um suposto consentimento da vítima na prática sexual, o que evidentemente não ocorreu.”

Raphael Leite Guedes, o juiz responsável pelo caso, destacou que o político fez uso de violência e coação moral, intimidando a jovem por meio da sua posição de poder, a utilizando para se aproximar da vítima “em horário pouco habitual e, em encontro que seria incompatível com os princípios republicanos, eis que as aquisições de bens e serviços pelos órgãos públicos são pela demanda do interesse público e não do interesse pessoal do gestor para obtenção de favores sexuais.”

Com informações do Estadão

Empresa que apontou fraude em inserções de rádios recebeu mais de R$ 500 mil da própria campanha de Bolsonaro


Uma das empresas apresentadas como responsáveis pela “auditoria” que teria detectado falhas na veiculação da propaganda de Jair Bolsonaro (PL) em emissoras de rádios, especialmente na região Nordeste, recebeu mais de meio milhão de reais da campanha do presidente-candidato.

A Soundview Tecnologia, mencionada pelo ex-secretário de Comunicação e conselheiro de Bolsonaro Fabio Wajngarten, recebeu precisamente R$ 501 mil do comitê bolsonarista no dia 26 de agosto, dez dias após o início oficial da corrida eleitoral.

O nome da Soundview não consta do relatório que os advogados de Bolsonaro apresentaram ao Tribunal Superior Eleitoral pedindo apuração da suposta fraude, mas foi mencionado por Wajngarten em seu Twitter. A empresa teria sido, segundo ele, uma das responsáveis pela auditoria.

“Para eliminar qualquer ilação ou comentário sem sentido; Uma das empresas que contratamos para auditoria de mídia, cuja sede fica em MG, prefixo (31)”, escreveu o ex-secretário, junto com uma imagem do site da Soundview.

A Soundview aparece nos registros do TSE recebendo pagamentos ainda das campanhas do governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema, e do candidato derrotado por ele, Alexandre Kalil. O senador Alexandre Silveira também a contratou.

Fábio Faria e Fabio Wajngarten chamaram uma entrevista às pressas na noite de segunda-feira na frente do Alvorada para um anúncio “grave”. Lá, diante dos jornalistas, disseram que milhares de inserções de rádio da campanha de Bolsonaro teriam deixado de ser veiculadas por emissoras de rádio.

Pouco antes, o assunto foi levado ao TSE. O ministro Alexandre de Moraes abriu prazo para que a campanha de Bolsonaro apresente documentos que comprovem a suposta fraude, sob pena de ser enquadrada por tentar tumultuar o processo eleitoral.

Ao processo foi anexado um documento de outra empresa, a Audiency Brasil Tecnologia Ltda, sediada em Santa Catarina, que teria mapeado a falha na veiculação dos spots de Bolsonaro.

A Audiency, por sua vez, não aparece entre os destinatários de recursos da campanha. Indagado, o comitê bolsonarista não respondeu quando nem como nem por qual valor a empresa foi contratada.

Com informações do portal Metrópoles/Coluna Rodrigo Rangel

Quaest: Lula se mantém com 53% dos votos válidos contra 47% de Bolsonaro


Mais uma pesquisa do instituto Quaest, contratada pela Genial Investimentos, divulgada nesta quarta-feira, 26, revelou o que os demais levantamentos têm mostrado. Lula se mantém firme na liderança popular com 53% das intenções dos votos válidos, contra 47% do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição.

Segundo analistas políticos, ambos candidatos, faltando apenas quatro dias para as eleições do segundo turno, mantém-se estáveis. Vale ressaltar que os votos válidos correspondem à exclusão dos votos brancos, nulos e indecisos, assimcomo é computado oficialmente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a apuração do sistema de votação eletrônico.

A pesquisa ouviu 2 mil pessoas, no período de 23 a 25 de outubro e com nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR-00470/2022.

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Bolsonaro volta a criticar o sistema eletrônico de votação após incidente envolvendo aliado do PTB abrir crise em sua campanha


Percebendo, literalmente, o chão se abrir aos seus pés, principalmente após o grave incidente envolvendo o aliado e ex-deputado federal Roberto Jeferson (PTB), o presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputa a reeleição, voltou as suas baterias antiaéreas contra a Justiça Eleitoral, colocando em xeque o sistema de votação eletrônico no país.

A cinco dias das eleições do segundo turno, que acontecerá no próximo domingo, 30, Bolsonaro disse ser "impossível dar selo de credibilidade" ao sistema de votação, num claro desespero de perder o pleito para seu adversário, o ex-presidente Lula (PT).

"Nós lutamos muito tempopor um modelo transparente eleitoral. Não tivemos força para isso (com o voto impresso)...O que nos traz certa confiança é que as forças armadas foram convidadas a integrar a Comissão de Transparência Eleitoral. E elas têm feito um papel atuante e muito bom nesse sentido. Contudo, eles me dizem que é impossível dar selo de credibilidade, tendo em vista ainda as muitas vulnerebilidades que o sistema apresenta", cutucou Bolsonaro.

Sarney sai do casulo e declara apoio a Lula às vésperas das eleições do segundo turno


Faltando menos de uma semana para as eleições do próximo domingo,30, eis que o ex-presidente José Sarney (MDB) resolveu sair do casulo e declarar publicamente seu apoio à candidatura do ex-presidente Lula (PT) na corrida ao Planalto contra o presidente Jair Bolsonaro(PL), que busca a reeleição neste segundo turno.

Em sua declaração, Sarney defendeu a manutenção do processo democrático e a alternância de Poder. "É Voto pela democracia, pela volta ao regime de alternância de Poder, pela busca do Estado de Bem-Estar Social. A diferença é clara", disse o ex-presidenteda República.

Na oportunidade, Sarney criticou as constantes investidas do presidente Bolsonaro contra o Judiciário, ferindo a boa harmonia e respeito entre os Poderes, como estabelece a Constituição Federal.

Ipec: Lula se mantém na liderança do eleitorado com 8 pontos percentuais a frente de Bolsonaro na reta final de campanha


A nova pesquisa Ipec, divulgada na segunda-feira, 24, mostra que o ex-presidente Lula (PT) segue firme na liderança com 54% dos votos válidos contra 46% do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição.

Para analistas do cenário eleitoral, o levantamento mostra estabilidade nos números para ambos candidatos na disputa ao Planalto. A pesquisa foi feita no período de 22 a 24 de outubro, ouviu 3 mil pessoas, em 183 municípios, com margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e índice de confiança de 95%.

Apesar do incidente envolvendo o ex-deputado federal Roberto Jeferson (PTB) ter ocorrido no período de elaboração do levantamento do Ipec, ainda não dá para dizer se houve ou não influência sobre os entrevistados. Jeferson atirou contra agentes da Polícia Federal, resistiu à prisão e insultou com palavras de baixo calão a ministra Carmen Lúcia do Supremo Tribunal Federal (STF).

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Aliados avaliam desgaste na campanha de Bolsonaro após evento sinistro protagonizado por Jeferson


Horas após a reação translocada do ex-deputado federal Roberto Jeferson ao atirar contra Policiais Federais que foram cumprir mandado de prisão contra ele, em sua residência no Rio de Janeiro, eis que aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) já cogitam a possibilidade do sinistro evento respingar e desgastar ainda mais a sua campanha à reeleição ao Planalto.

Além da figura de Jeferson, por ser um aliado do presidente, outro fator que fere de morte a campanha bolsonarista é a participação do ministro da Justiça, Anderson Torres, no desfecho do caso.

Segundo a jornalista Carla Araújo, do UOL, alguns aliados do presidente dizem que ainda é cedo para avaliar o efeito destrutivo do impacto desse episódio, mas já admitem que haverá um enorme desgaste nesta reta final de campanha, com a eleição marcada para o próximo dia 30, contra o ex-presidente Lula (PT).

"A ideia é que Bolsonaro estaria protegendo Jeferson com o aparato do Estado", ao ter o presidente pedido acompanhamento do caso pelo ministro da Justiça.

domingo, 23 de outubro de 2022

Bolsonaro revela ao narcotraficante Marcola o desejo de ser ditador


Ao conversar com um dos presidiários mais famosos do Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (PL) expressou o desejo de se tornar o ditador do Brasil. A fala ocorreu no dia 21 de agosto de 2001, quando Marco Willian Herbas Camacho, conhecido como Marcola, participou de uma audiência na comissão especial de Combate à Violência da Câmara dos Deputados.

O encontro de Bolsonaro com o líder do PCC foi resgatado pelo pesquisador e escritor Rodrigo Cassis, autor de uma série de livros sobre o presidente. Na conversa, Bolsonaro se mostrou favorável à pena de morte — proibida por cláusula pétrea da Constituição Federal — e afirmou que “esse problema” seria resolvido no dia em que ele fosse o “ditador deste país”.

“A OAB [Organização dos Advogados do Brasil] é contra a pena de morte, porque preso condenado não paga advogado, mas tudo bem”, afirmou o então deputado Jair Bolsonaro. “No dia em que eu for ditador deste País, vamos resolver esse problema. Pode ter certeza disso aí. Democraticamente, não vamos resolver nunca. É a mesma coisa de chover no molhado”, completou.

Durante a conversa, Bolsonaro afirma que é “contra a política de direitos humanos”, enquanto Marcola defende que a pena de morte não valeria se não fosse começasse a ser aplicada “por cima”, como criminosos de “colarinho branco”. O líder do PCC também defendeu que muitos dos mortos no massacre do Carandiru, ocorrido em 1992 e que causou a morte de 111 detentos, não haviam sido condenados e que “o Estado não tem direito” de tirar a vida dos presidiários.

Leia a íntegra da reportagem no portal Congresso em Foco

sábado, 22 de outubro de 2022

Dino diz que vitória de Lula puxará o Congresso Nacional para o centro e com Bolsonaro para a radicalização da direita


O ex-governador do Maranhão e senador eleito, Flávio Dino (PSB), concedeu entrevista ao portal Congresso em Foco e disse que uma eventual vitória do ex-presidente Lula (PT) puxará o Congresso Nacional mais para o centro, enquanto uma reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) empurraria o Congresso mais para a extrema direita.

“Uma vitória do Lula, que virá, puxa o Congresso mais para o centro, enquanto que uma vitória de Bolsonaro empurraria esse Congresso mais para a direita”, conclui. Nesse cenário, Flávio Dino considera que ficariam postas as condições para aprovação de propostas autoritárias, na linha do que já se viu em governos pelo mundo que têm líderes autocratas", declarou Dino.

O ex-mandatário do Maranhão no Palácio dos Leões entrará no Senado na vaga que hoje é ocupada pelo senador bolsonarista Roberto Rocha (PTB).

Leia a íntegra da reportagem no portal Congresso em Foco

Deputada do PCdoB revela que recebeu proposta indecorosa para votar contra Iracema

  A deputada estadual Ana do Gás (PCdoB) fez uma revelação bombástica na sessão plenária desta quinta-feira (21). Ela contou que recusou pr...