O ministro Luís Roberto Barroso deixa a presidência do STF (Supremo Tribunal Federal) com a marca de ter conduzido julgamentos históricos -- como a descriminalização da maconha e a responsabilização civil das big techs --, mas sem a pacificação nacional que desejava quando tomou posse, em 2023.
Em entrevista à CNN, concedida na noite de sexta-feira (26), Barroso classificou a ofensiva dos Estados Unidos contra ministros do STF como "injusta", mas disse esperar uma melhoria do cenário político após a conclusão do julgamento de todos os núcleos da ação penal sobre a trama golpista.
Prestes a passar o bastão para o ministro Edson Fachin, que toma posse como presidente na segunda-feira (29), Barroso criticou o "timing" do debate sobre a anistia, mas defendeu que o Congresso tem atribuição para discutir redução de penas. Também afirmou que a PEC da Blindagem "seria um retrocesso grave".
O ministro afirmou ainda que considera deixar o Supremo antes de 2033, data-limite para sua aposentadoria, e que vai tomar a decisão após um retiro espiritual no fim de outubro. "Vou fazer uma reflexão muito profunda do que eu quero fazer. Eu não desconsidero a possibilidade de sair, mas eu não bati o martelo ainda."
Da CNN Brasil
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