O deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA) relatou nesta quinta-feira (6), ter sido ameaçado pelo deputado estadual Edson Araújo (PSB), atual vice-presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA). A denúncia foi feita durante reunião da CPMI do INSS.
Segundo Duarte Jr., a ameaça ocorreu por meio de mensagens no WhatsApp, após ele questionar, na sessão anterior da comissão, repasses milionários feitos pela CBPA.
O parlamentar afirmou que, conforme os dados apresentados, R$ 123 milhões foram subtraídos de contas de aposentados e pensionistas, e parte desse montante, mais de R$ 3,5 milhões, teria sido transferida para a conta pessoal de Edson Araújo, além de R$ 1,5 milhão para contas de assessores do deputado estadual.
Durante o pronunciamento, o parlamentar leu trechos das mensagens, nas quais Araújo o chamou de "palhaço", "irresponsável" e "merda", além de afirmar que "ainda iriam se encontrar". Ao questionar se se tratava de uma ameaça, Araújo teria respondido: "Tô, por quê?". O deputado classificou o episódio como três configurações distintas do crime de ameaça.
"Eu confesso que fiquei nervoso, porque não se trata só de mim, mas da minha família. Minha esposa está grávida de oito meses, e eu temo pela segurança dela e dos meus filhos", disse o parlamentar, visivelmente emocionado.
Duarte Jr. afirmou que registrou ocorrência na Polícia Legislativa Federal, conversou com o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), e solicitou escolta policial para ele e sua família. O parlamentar também informou que pediu a expulsão de Edson Araújo do PSB, a quebra de seu sigilo bancário e a instauração de processo por quebra de decoro na Assembleia Legislativa maranhense.
Ao encerrar seu pronunciamento, o parlamentar afirmou que a CPMI "não busca holofotes nem audiência", mas "a devolução do dinheiro roubado dos aposentados e pensionistas". "Não é justo que quem comete crime viva livre e quem faz o certo viva com medo", disse.
O pedido foi deferido imediatamente pela presidência da comissão, sem necessidade de votação. Segundo Viana, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), será oficiado para que solicite à Polícia Legislativa que faça a proteção do deputado em Brasília, enquanto a Polícia Federal cuidará da segurança da família no Maranhão.
Com informações do Congresso em Foco
Nenhum comentário:
Postar um comentário