Por Fábio Góis
Congresso em Foco
A reunião do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e seus futuros ministros com 19 dos 27 governadores com mandato a partir de janeiro, além dos presidentes do Senado e da Câmara, Eunício Oliveira (MDB-CE) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), entre outras autoridades, movimentou Brasília nesta quarta-feira (14).
À parte o protagonismo do "superministro" da Economia (Fazenda e Planejamento), Paulo Guedes, o ministro extraordinário da transição de governo, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que assumirá a Casa Civil em 2019, deu um recado aos gestores reunidos no Centro Cultura Banco do Brasil, em Brasília, quartel-general do período transitório: será preciso retroceder para, depois, avançar.
“No plano de governo de Jair Bolsonaro tem um conceito muito importante: o cidadão, quando chegar diante do governo federal, a princípio terá razão. E o governo que vá provar se o que ele diz não é verdade”, ensaiou Onyx, para em seguida entregar a estratégia bolsonarista.
“O outro conceito importante é que o governo dará um passo atrás para que a sociedade dê muitos passos à frente. Esse é um trabalho que está sendo coordenado pelo nosso futuro ministro da Economia, professor Paulo Guedes, e que vai fazer com que o Brasil avance, e avance muito”, acrescentou o futuro chefe da Casa Civil. Mais cedo, o próprio Bolsonaro havia dito que "medidas amargas" seriam necessárias para que estados e municípios, em parceria com o governo federal, superassem a crise econômica e o desequilíbrio das contas públicas.
Na sequência do discurso, que durou cerca de cinco minutos, Onyx repetiu o que o próprio Bolsonaro falava durante a corrida presidencial. “E o terceiro conceito é menos Brasília e mais Brasil. É o recurso que vai sair daqui, comandado pelo ministro da Economia diretamente para estados e municípios, sem intermediação. Nosso sonho é fazer um Brasil eficiente, fraterno e, acima de tudo, respeitando a Federação”, completou o deputado, depois de ter saudado “todos os governadores que nos honram com sua presença” e os colegas de Congresso, avisando que seria “muito objetivo”.