Reportagem do site da Veja revela nesta terça-feira, 13, que o senador maranhense João Alberto Souza (PMDB), presidente do Conselho de Ética do Senado, nunca foi afeito a investigações profundas contra seus pares. Não é à toa que Aécio Neves (PSDB) anda aliviado por saber que o colega peemedebista continua à frente do colegiado.
Basta dizer que, na semana passada, João Alberto declarou publicamente que a Casa não concorda com o afastamento do tucano. O senador é ligadíssimo ao ex-presidente da República, José Sarney (PMDB). Os mais ácidos falam numa relação de subserviência política.
Pois recentemente, João Alberto investiu pesado para contratar uma pesquisa qualitativa. Em maio, ele usou R$ 45.000,00 de cota parlamentar – recursos públicos – para obter os serviços do Instituto Escutec. Escolheu a dedo.
A empresa é conhecida no Maranhão por divulgar levantamentos favoráveis ao clã Sarney, de quem o dono da Escutec, Fernando Junior, é amigo. Mas esse detalhe não é o mais constrangedor da biografia do empresário.
Junior já foi preso pela Polícia Federal, em 2015, durante a Operação Attalea, que investigava desvios de dinheiro do Fundeb e do FNDE na prefeitura de Anajatuba (MA).
Pelo visto, na avaliação do parlamentar responsável por resguardar o rigor ético no Senado, gastar dinheiro público numa empresa de um sujeito que se enrolou com a PF não depõe contra ninguém.
Aécio deve ter suas razões para ficar tranquilo.
Um conselho de ética Onde não há nenhuma é piada sem graça.
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