O marqueteiro e cientista político Juliano Corbellini, lançou na semana passada o livro: "Lições de uma campanha eleitoral: a derrota do Grupo Sarney", em que o autor revela nos bastidores o fim da era Sarney no Maranhão com a ascensão, nas urnas, do governador Flávio Dino (PCdoB), nas eleições de 2014 e 2018.
Coberllini, que coordenou as duas campanhas eleitorais de Dino, disse não haver chance do governador maranhense se tornar um típico coronel da política do Nordeste, a exemplo do que foi o seu antecessor que comandou com mão de ferro e muita astúcia a política no Maranhão por mais de 50 anos.
"É algo completamente diferente (Dino e o modelo de um típico coronel). (...) Se você olhar a composição do governo, ele (Dino) tem, claro, alguns políticos, mas muitos ascenderam à política nesse movimento de renovação."
Livro Lições de uma campanha eleitoral da editora Tomo Editorial Foto: Divulgação |
Em entrevista à Época, o marqueteiro Coberllini explica por que a família Sarney perdeu para Flávio Dino.
"Primeiro, pelo próprio desgaste do tempo. Segundo, a opinião pública maranhense começou a ganhar uma autonomia, e a elite política do Maranhão não percebeu isso. E houve também uma reflexão de estética e da linguagem da oposição, em que a gente rompeu com a visão binária, de que o Maranhão era dividido em quem era Sarney e quem era anti-Sarney. (...) Para a oposição vencer, ela teve que romper um pouco com os arquétipos da sua própria linguagem", declarou o autor do livro.
Realmente não há chance de Dino se tornar um coronel típico da política do Nordeste, pois ele já o é, esse governador em nada difere do grupo que o antecedeu, as práticas são as mesmas, talvez a difrença entre Dino e Sarney esteja no fato de que este é mais contido e educado enquanto o primeiro parece um louco sem controle, principalmente, qd usa as redes sociais.
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