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segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Aposentadoria de Rosa Weber e tese final do marco temporal marcarão a semana no STF


A sessão da próxima  quarta-feira, 27, será a última da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. A ministra deixará o tribunal no dia seguinte ao completar 75 anos de idade e se aposentar compulsoriamente. A posse de Luís Roberto Barroso no comando da Corte será na quinta-feira, 28. 

A expectativa é que no decorrer desta semana o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncie a nova indicação para substituir Rosa Weber. Estão no páreo os nomes do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; o advogado geral da União, Jorge Messias e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.

Também na quarta-feira, o STF pode definir a tese final do julgamento que derrubou o marco temporal para demarcação de terras indígenas. Entre os pontos que serão discutidos está a possibilidade de indenização a particulares que adquiriram terras de boa-fé e se o pagamento seria condicionado à saída dos agricultores das áreas indígenas.

Nesse caso, a indenização por benfeitorias e pela terra nua valeria para proprietários que receberam dos governos federal e estadual títulos de terras que deveriam ser consideradas como áreas indígenas.

Também pode ser debatida a sugestão do ministro da Corte Dias Toffoli para autorizar a exploração econômica das terras pelos indígenas. Pela proposta, mediante aprovação do Congresso e dos indígenas, a produção da lavoura e de recursos minerais, como o potássio, poderiam ser comercializados pelas comunidades.

A possibilidade de exploração econômica dos territórios é criticada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Para a entidade, a medida ameaça a sobrevivência dos povos.

"A história recente nos mostra que a existência de empreendimentos para extração de recursos hídricos, orgânicos e minerais, na prática, gera a destruição de territórios indígenas, a contaminação das populações por agentes biológicos e químicos, como o mercúrio, e o esgarçamento do tecido social destas comunidades, além de enfraquecer ou inviabilizar sua soberania alimentar e submeter mulheres e crianças à violência física e sexual", disse a entidade.

Com informações da Agência Brasil

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