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sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Ministro do STF manda retornar à Prefeitura de Vitorino Freire irmã do ministro das Comunicações do governo Lula


O ministro do Supremo Tribunal Federal(STF), Luís Roberto Barroso, determinou o retorno ao cargo de prefeita do município maranhense de Vitorino Freire, Luanna Rezende. Ela, que é irmã do ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho (União Brasil), havia sido afastada de suas funções no final de agosto no bojo de uma operação da Polícia Federal. 

A ação também envolveu o ministro por suspeitas de irregularidades na destinação de emendas parlamentares do orçamento secreto para a Prefeitura, atingindo a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), supostamente beneficiando sua própria família.

A decisão de Barroso foi emitida na quinta-feira, 14, e nela o ministro explicou que o afastamento inicial foi uma medida solicitada pela Polícia Federal, com a aprovação da Procuradoria-Geral da República, e teve o objetivo de interromper imediatamente a suposta atividade criminosa, preservando os recursos públicos, evitando a continuidade dos delitos e impedindo que o cargo fosse utilizado para obstruir as investigações.

No entanto, Barroso observou que houve uma mudança substancial no contexto que justificou o afastamento da prefeita, à medida que uma série de ações foram tomadas pelo município de Vitorino Freire. Essas medidas incluíram a exoneração de Fernanda Cristina Costa de Melo, servidora sob investigação, a suspensão dos pagamentos relacionados a contratos suspeitos, a interrupção de processos de pagamento vinculados à empresa Pentágono Comércio e Engenharia Ltda., a suspensão de pagamentos relacionados à empresa Arco Cópia Construções e Incorporações, e a suspensão de pagamentos relacionados à empresa Topázio Comércio e Serviços Ltda.

“Nesse contexto, verifico que a medida de afastamento cautelar da função pública cumpriu o seu propósito e não mais se justifica à luz do princípio da proporcionalidade”, afirma Barroso. Em setembro, uma operação da Polícia Federal foi iniciada para investigar alegações de desvio de fundos públicos relacionados à emendas parlamentares atribuídas ao ministro.

As autoridades estão examinando se os fundos alocados para o município pelo governo federal foram utilizados para contratar empresas que posteriormente desviaram uma porção desses recursos.

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