Nem mesmo o Carnaval conseguiu tirar o foco da "trapalhada" que o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, protagonizou nos últimos dias de momo.
Indicado ao cargo maior da PF pelo ex-presidente José Sarney e empossado na função pelo presidente Michel Temer (MDB), Segóvia já garantiu que deve ser arquivada investigação contra o presidente da República, no caso envolvendo o Porto de Santos e a Rodrimar, cuja empresa teria sido beneficiada indevidamente.
Após repercussão negativa das declarações do diretor-geral da PF, até mesmo dentro da própria corporação, o governo preferiu considerar de "trapalhada" o que disse Segóvia.
Para a maioria dos brasileiros, não se trata de uma pura trapalhada, mas sim a prova cabal de que as ações de Segóvia visam abafar as investigações contra políticos investigados pela Operação Lava Jato, dentre eles o próprio presidente Temer e boa parte dos caciques do MDB.