Diante das inúmeras repercussões negativas na mídia e nas redes sociais, o deputado federal maranhense Márcio Jerry (PCdoB) tem procurado se defender, passando de acusado à vítima, no caso da suposta importunação sexual contra a deputada Júlia Zanatta (PL-SC). Em entrevista ao canal Jovem Pan News, o parlamentar comunista afirmou que basta ver as imagens para observar que ele não cometeu crime de assédio.
"Basta ver as imagens para se constatar que as acusações que a deputada a mim faz, além de leviana, é até uma atitude criminosa porque eu sou acusado de algo que não cometi. Não houve qualquer assédio naquela cena, como as imagens mostram. Congelaram a imagem para descontextualizarem e para colar ali aquela acusação absurda", declarou Jerry.
O deputado comunista disse ainda que já se manifestou na Casa e que está pedindo providências cabíveis do presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL) e que tomará as demais providências.
"Não se pode atacar a biografia que tenho, orgulhosamente, e a minha trajetória política e a minha relação, sempre cordial, com todos aqueles aqui, da base bolsonarista. Os mais radicais sabem que, até eles, trato com cortesia e com respeito", destacou Márcio Jerry.
Durante uma discussão entre a parlamentar catarinense Júlia Zanatta e a deputada Lídice da Mata (PSB-BA), Márcio Jerry saiu em defesa da colega baiana. No entanto, aproximou-se por trás de Júlia e pediu a ela que respeitasse os 40 anos de mandato de Lídice. A deputada do PL acusa Márcio de ter encostado o rosto nos seus cabelos e de ter cheirado seu pescoço, numa referência à suposta importunação sexual.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) já enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) representação em que pede a apuração do episódio envolvendo a deputada Zanatta (PL-SC) e o deputado Márcio Jerry, que corre o risco de perda do mandato, caso fique comprovado o eventual assédio dentro do próprio parlamento federal.
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