E não é que o deputado federal Waldir Maranhão, o mais novo filiado do PSDB, agora quer desnudar o suposto esquema montado, na calada da noite, pelo governador Flávio Dino (PCdoB), para tentar barrar o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).
Ainda repercutem os detalhes da coluna Diário do Poder, do jornalista Cláudio Humberto, ao informar que o parlamentar maranhense, após ser barrado de se filiar no PT, para concorrer a uma das duas vagas ao Senado da República, agora pretende abrir o bico e jogar farofa no ventilador.
Segundo a coluna, o deputado Maranhão vai à tribuna da Câmara Federal dizer que o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), os deputados Orlando Silva (PCdoB-SP) e Weverton Rocha (PDT-MA), Ricardo Capelli, secretário da Representação do Maranhão em Brasília, entre outros, testemunharam o acordo que o governador Flávio Dino (PCdoB) fez com o deputado, quando este aceitou tentar anular o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
O acordo era que Maranhão teria apoio do PT e seria candidato pelo partido ao Senado nas eleições de outubro deste ano. No entanto, ao ser barrado pelo PT, Waldir Maranhão filiou-se ao PSDB, na sexta-feira passada, 6.
Chateado com a “ingratidão” do PT, Maranhão atacou Dino em nota, ao dizer que foi usado para anular o impeachment. Ele disse que o governador tem “um ego quase doentio”. O governador não só não cumpriu com sua palavra de apoiar a candidatura a senador do, agora, tucano, como ainda trabalhou pelo veto a sua filiação ao PT.
“É lamentável a forma como o governador Flávio Dino usou e abusou para vetar a minha filiação ao PT. O que houve nesse processo foi uma verdadeira intervenção branca no PT para evitar a minha entrada nos quadros do partido. Logo Flávio Dino a quem confiei quando me convenceu de anular o impeachment da presidente Dilma. Agora sinto que fui usado por quem queria não a defesa da presidenta, mas o fortalecimento e engrandecimento de um ego quase doentio”.