O deputado estadual Yglésio Moysés (PSB) voltou a defender, na sessão plenária desta quinta-feira, 11, transparência e uso de urna eletrônica na eleição para o Quinto Constitucional da seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil, a ser realizada no próximo dia 15 de maio, que servirá para escolher o novo (a) desembargador(a) do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA).
Segundo o parlamentar, a Diretoria e a Presidência da OAB/MA têm sido intransigentes no sentido de defender eleição por token. “Isto está acontecendo de maneira ostensiva. Diga-se token, neste momento, dedo de borracha. Chegam relato, o tempo todo, de compra de token a partir de dinheiro, troca por gado, pagamento de anuidades ou de coisa semelhante”, revelou.
Yglésio disse que não está fazendo uma acusação direta, mas considera muito estranho tudo que está acontecendo e que, em razão desse clima de suspeição, enviou, na última quarta-feira, 10, para o Ministério Público Federal, duas representações, para que se investigue a OAB no estado.
“Uma notícia de fato e uma criminal, pois estão acontecendo coisas estranhas no processo eleitoral em curso para a eleição do Quinto Constitucional da OAB/MA ”, esclareceu.
O deputado socialista relatou que há candidatos que participam do corpo da Ordem, como diretores e conselheiros, que estão disparando mensagens em massa, pedindo voto para determinado candidato. “Esse processo, da forma como está sendo conduzido, não tem legitimidade. Haverá ações novamente questionando a lisura, no final do processo”, ressaltou.
“Essa empresa, The Perfect Link, não tem condições de garantir que os dedos de borracha virtuais da OAB, nesse momento da eleição, não serão utilizados. A eleição, a segurança e a lisura do processo estão comprometidas.”, denunciou Yglésio Moyses.
De acordo com nota divulgada pela OAB/MA, a primeira eleição do Quinto Constitucional, ocorrida dia 24 de abril, foi anulada pelo Conselho Seccional devido à constatação de irregularidades por uma auditoria interna da seccional maranhense.