O Brasil pode ter um novo pré-sal. É o que revela estudos científicos que destacam o amplo potencial petrolífero na franja oceânica norte do território nacional, que compreende os estados do Maranhão, Pará e Amapá.
Esse estudo já estaria em mãos do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez. Segundo ele, existe a possibilidade de recuperar de 20 a 30 bilhões de barris de petróleo no Maranhão, ressaltando que no Pré-Sal, por exemplo, são 40 bilhões de barris, o que seria uma oportunidade sem tamanho de desenvolvimento regional e para o Brasil.
“Acreditamos que a exploração desses prospectos encontrados nas águas profundas da Bacia do Pará-Maranhão seja uma oportunidade de desenvolvimento regional, com larga geração de empregos”, afirma Baldez.
Nas águas profundas e ultraprofundas da Bacia do Pará-Maranhão, existem aproximadamente 30 bilhões de barris de petróleo em recursos prospectivos recuperáveis riscados. É o que diz o documento “Um novo ‘Pré-Sal’ no Arco Norte do Território Brasileiro”, de autoria do professor Allan Kardec Duailibe Barros Filho, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
O estado do Maranhão foi indicado para entrar na 17ª rodada de licitações de áreas na Bacia Pará-Maranhão, porém os oito blocos sugeridos para exploração de petróleo foram excluídos da licitação, após manifestação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que indica a provável inviabilidade ambiental de empreendimento que “imponham riscos de olear a costa do Pará e do Maranhão e o Parcel de Manuel Luís”.
O estudo, porém, contesta a informação, pois “o Parcel estaria em águas rasas, assim como os corais, que são serem vivos que vivem em águas rasas. As águas sobre as quais estamos falando são profundas, de 4 mil, 5 mil metros. A 300 metros de profundidade está completamente escuro, a luz não chega, e corais, por exemplo, não sobrevivem. Além disso, nós temos tecnologias no país. Na exploração de petróleo no Brasil não há um caso sequer de derramamento de petróleo”, afirma Alan Kardec.
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