Vale lembrar que D. Pedro I morreu em 1834, aos 35 anos de idade, sendo que o empréstimo do coração do monarca ao Brasil só foi possível depois de uma ampla negociação entre a embaixada brasileira, em Lisboa- Portugal, a Prefeitura do Porto e a Irmandade Nossa Senhora da Lapa, que detém o direito de propriedade da relíquia.
Para a professora Miriam Saraiva, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a presença do coração de D. Pedro I deveria ser um acontecimento para marcar os 200 anos de independência do Brasil, mas chega em um momento nada propício, devido ao acirramento das disputas para a presidência da República.
"Infelizmente, a festa de independência (7 de setembro) foi sequestrada por uma ideologia que prega o discurso de que o hino nacional, a bandeira do país e as cores verde e amarela só pertencem aos seus adeptos", diz. "Trata-se de uma enorme distorção, pois esses símbolos são de todos os brasileiros", ressalta a professora.
O coração de D.Pedro I deve ficar até o dia 8 de setembro no país.
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