Já circula nos bastidores a saída do governador Carlos Brandão do PSB, o que deve levar a reboque um esvaziamento sem precedentes de lideranças políticas no Maranhão. O que tem sido especulado é que a direção nacional da legenda, presidida pelo prefeito de Recife, João Campos, deve retirar o chefe do Palácio dos Leões da liderança estadual.
Segundo informações do portal Folha do Maranhão, a desfiliação de Brandão foi tratada em uma reunião em Brasília, inicialmente convocada por João Campos para formalizar a troca de comando.
Brandão, no entanto, tentou demonstrar força ao apresentar números que ilustram o desempenho do partido sob sua liderança: 19 prefeitos eleitos, sete vereadores em São Luís e duas chapas consideradas competitivas para as eleições de 2026. Ainda assim, o gesto não teria sido suficiente para reverter uma decisão política já tomada.
O nome mais cotado para assumir o novo diretório maranhense do PSB é o da senadora Ana Paula Lobato, que reforça a leitura de que a intervenção busca realinhar o partido com interesses adversos ao grupo político de Brandão, tendo a frente o deputado estadual Othelino Neto, marido da senadora, ex-PDT.
A Folha do Maranhão mostra que o impacto pode ser devastador. Caso a substituição se confirme, o PSB corre o risco de perder não apenas o governador, mas também boa parte de sua estrutura: os sete vereadores da capital, cerca de dez deputados estaduais, prefeitos e a própria presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale — todos aliados diretos de Brandão.
Nos bastidores, a avaliação é de que o PSB está prestes a se tornar uma legenda esvaziada no Maranhão — reduzida a uma sigla de fachada, sem base sólida, sem capilaridade e entregue a um novo grupo político por imposição da cúpula nacional.
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