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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Andrea Murad afirma que secretário reitera prática ilegal sobre emendas


A deputada Andrea Murad (PMDB) foi à tribuna nesta quarta-feira (17) para rebater as críticas do secretário de Assuntos Políticos, Márcio Jerry, que, segundo a parlamentar, além de não esclarecer sobre seu ato ilegal, usou as redes sociais para atacá-la, “desconsiderando, com total falta de equilíbrio político, o papel imprescindível da oposição de fiscalizar os atos do governo”.

Para a deputada, a atitude do secretário braço direito do governador Flávio Dino foi de desespero por causa da gravidade do ofício que ele encaminhou aos deputados informando sobre as emendas.

"Márcio Jerry deu declarações que só piorou a situação dele e comprovou o crime. Ao invés de me atacar e de se desviar do dever de responder as denúncias feitas contra ele, denúncias graves, creio que a justiça não irá se esquivar como ele faz diante da tremenda ilegalidade cometida. Ele vai ter que responder pelo ato que cometeu, porque ele não pode se achar acima da lei e passar por cima dos deputados desta Casa. E vou continuar no meu papel de defender o estado, de defender o tesouro estadual contra essa pessoa que se acha acima de tudo e de todos", disse.

Andrea Murad denunciou que o secretário utilizou de ofício para mudar o destino e os valores das emendas previstas pela Lei Orçamentária 2015, sendo que esta prerrogativa é exclusiva do Legislativo. Na Assembleia Legislativa, a deputada questionou as declarações de Márcio Jerry dadas a um blog e disse que o secretário reiterou a sua prática ilegal sobre as emendas parlamentares, principalmente aos novatos. Nem mesmo através de decreto, como havia declarado, ele poderia alterar o que já foi aprovado pelo Legislativo.

"Ele simplesmente provou sua intenção de praticar um crime contra as finanças  públicas do Estado, e ninguém  diz  absolutamente nada, ninguém fala nada. Ele culpa os líderes dos blocos, mas os  líderes  de  blocos  não têm  condão  para  alterar Lei Orçamentária. E quero saber também quem ele acha que é para decidir dar emendas aos deputados novatos sem aprovação desta casa e sendo eles mesmos os responsáveis por esta Assembleia não ter aprovado as emendas impositivas. Porque nem mesmo por decreto isso pode ser garantido. Está querendo corromper os deputados?  Mas aqui ele não irá repetir o escândalo do mensalão de Brasília comprando parlamentares dessa maneira porque será combatido fortemente e essa Assembleia não se parece com nada do Congresso daquela época. Temos obrigação de aprender com a história", discursou a parlamentar.

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