O ministro-relator da Lava Jato, Edson Fachin, já determinou abertura de inquérito contra Sarney, Renan e Jucá |
Esta semana será decisiva para os "Três Mosqueteiros" da política brasileira: o ex-senador José Sarney e os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá, todos da mais alta cúpula do PMDB. Isso porque na quinta-feira passada, 9, o ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito para investigar o trio, além do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
Fachin atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que acusa os quatro envolvidos de tentar obstruir, a qualquer custo o escândalo do Petrolão.
Este o primeiro inquérito aberto por Fachin desde que o ministro do STF assumiu a relatoria da Lava Jato, no lugar do ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo. A investigação tem como base o acordo de delação premiada firmado por Sérgio Machado com a força-tarefa da Lava Jato.
Romero Jucá, José Sarney e Renan Calheiros |
Acomodado na Transpetro, subsidiária da Petrobras, por indicação de Renan Calheiros, o delator pasou 12 anos na presidência da empresa. Entregou à Procuradoria seis horas de gravações de conversas que mantém Sarney, Renan e Jucá tentando obstruir a Lava Jato.
Nos diálogos, os Três Mosqueteiros, todos os filiados ao PMDB de Michel Temer, fizeram comentários que indicavam a intenção de obstruir a Lava Jato. Jucá foi o que soou mais explícito. Disse que era preciso firmar um pacto para "estancar a sangria" provocada pelas investigações.
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