A Comissão de Mobilidade Urbana da Câmara Municipal de São Luís propõe que seja realizada uma auditoria no contrato de concessão pública do transporte coletivo da capital maranhense. A paralisação dos trabalhadores rodoviários entrou, nesta sexta-feira, 29, no nono dia sem ônibus circulando na cidade e até agora não há nenhuma previsão de término do movimento grevista, por não haver entendimento entre empresários do setor, motoristas e cobradores.
Na tarde da última quinta-feira, 28, foi realizada uma reunião com membros da Comissão de Mobilidade Urbana da Casa e rodoviários para encontrar uma saída viável para a crise que afeta mais de 800 mil pessoas que utilizam o sistema de transporte público de São Luís.
No encontro, ocorrido na sala da Presidência da Casa, os parlamentares que compõem o colegiado discutiram com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema), Marcelo Brito, as principais pautas de reivindicação da categoria.
Segundo o vereador Aldir Júnior (PL), que é membro do colegiado, os rodoviários estão dispostos a discutirem com os empresários e a Prefeitura os seus direitos e assim, garantir a volta da circulação dos ônibus na capital.
“A Comissão discutiu basicamente o que os trabalhadores estão propondo. O líder da categoria ressaltou que o sindicato segue a disposição dos empresários e da Prefeitura de São Luís para o retorno do diálogo, e assim os rodoviários tenham os seus direitos garantidos pelos patrões para que o transporte público volte a circular normalmente na capital”, declarou.
Contrato será avaliado
Aldir também revelou que um dos temas debatidos na reunião foi sobre a avaliação da Comissão solicitar o contrato de concessão do serviço de transporte público coletivo. De acordo com o parlamentar, se a proposta contratual tiver 1% de falha, o colegiado poderá propor o rompimento do contrato.
“Ficou definido que vamos solicitar cópia do contrato de concessão do serviço de transporte para que possa ser analisado. No entanto, eu, particularmente, como membro do colegiado, vou investigar essa proposta contratual e se conseguir detectar 1% de falha vou propor que o contrato seja rompido. A crise veio para todo mundo. Não adianta tapar o sol com a peneira, pois se estiver ruim, as viações e consórcios precisam sair do sistema”, concluiu.
Apoio para negociação
Marcelo Brito, presidente do Sttrema, avaliou a reunião e afirmou que resolveu buscar apoio dos vereadores com o objetivo de contribuir na negociação junto aos empresários que atuam no sistema de transporte.
“Fomos procurados no sindicato pela Comissão e viemos aqui para pedir apoio dos vereadores à nossa pauta de reivindicação junto aos empresários, pois nós sabemos que o nosso problema é com as empresas. Temos a convenção coletiva assinada e sabemos que todos os anos, nós sentamos para discutir nossa data base. No entanto, como os empresários estão intransigentes, resolvemos buscar apoio das autoridades dessa cidade para ajudar na negociação”, afirmou o sindicalista.