O prefeito de Luís Domingues do Maranhão, Gilberto Braga, foi ouvido nesta terça-feira, 5, pela Comissão de Educação do Senado sobre os pedidos de propina que receberam dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. O gestor municipal esteve acompanhado do advogado Abdon Marinho.
As duas lideranças evangélicas, com trânsito livre no Ministério da Educação (MEC), cobravam remunerações para, aproveitando-se do bom trânsito no Ministério da Educação e no Palácio do Planalto, favorecer municípios no repasse de verbas da pasta.
“O pastor Arilton Moura convidou todos os prefeitos para um almoço em um restaurante e disse que seria por conta dele. Foi quando o pastor Arilton virou para mim e quis saber minhas demandas; apresentei para ele e ele me disse: ‘Você vai me arrumar os R$ 15 mil para eu protocolar as suas demandas e, depois que o recurso já estiver empenhado, você, como sua região é de mineração, vai me trazer 1 kg de ouro'”, relatou Gilberto Braga, prefeito de Luís Domingues-MA. Outros prefeitos contaram casos semelhantes.
A divulgação do escândalo custou a permanência do ex-ministro Milton Ribeiro no cargo. Tudo começou quando se tornou público um áudio em que ele próprio admite que favorece municípios cujos prefeitos são “amigos” dos pastores. Na gravação, Ribeiro diz que o favorecimento acontecia com o aval do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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