Também melhorou a avaliação do governo: 42% consideram positiva a administração federal e 24% a desaprovam. No último levantamento, a aprovação era de 37% e a reprovação, de 27%.
“O crescimento da aprovação do presidente alcança até mesmo setores reconhecidamente antipetistas. Na região Sul, onde Lula e o PT são derrotados desde 2006, a aprovação subiu 11 pontos percentuais em relação a junho (48% para 59%)”, observa o presidente da Quaest, Felipe Nunes. “No eleitorado evangélico, que votou majoritariamente em Jair Bolsonaro em 2022, pela primeira vez na série a aprovação do governo é numericamente maior que a desaprovação (50% a 46%)”, ressalta o cientista político, que fez uma análise sobre os números em seu perfil no Twitter.
Lula continua a ter o seu melhor desempenho na região Nordeste, onde sua aprovação é de 72%. As regiões Norte e Centro-Oeste são aquelas onde o presidente tem menor aprovação (52%). No caso dos evangélicos, essa é a primeira pesquisa em que a aprovação a Lula nesse segmento religioso supera a desaprovação (50% a 46%).
O levantamento mostra que 25% dos eleitores de Bolsonaro aprovam o governo Lula. A aprovação era de 22% em junho e 14% em abril. Para Filine Nunes, há duas razões para explicar a melhora no desempenho do governo. A primeira é econômica. “A avaliação retrospectiva negativa sobre a economia caiu nos últimos dois meses (de 26% para 23%), enquanto subiu a avaliação positiva (de 32% par 34%)”, explica.
“Outro fator que contribuiu para o crescimento da aprovação do governo foi a alta aprovação que o plano Safra e o Desenrola, anunciados neste intervalo entre as pesquisas, receberam. Programas que começam a agradar o eleitorado que não necessariamente votou em Lula em 2022”, acrescenta.
A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre 10 e 14 de agosto. Foram ouvidas 2.029 eleitores. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Com informações do Congresso em Foco
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