Braide não cede à pressão dos empresários e sai fortalecido com o fim da greve de ônibus em São Luís

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), saiu, popularmente falando, por "cima da carne seca" com o fim da greve dos rodoviários, na tarde desta quinta-feira (20), ao não ceder às pressões dos empresários do setor por aumento no valor do subsídio repassado pela Prefeitura à classe patronal e também não aumentar as tarifas do transporte público na capital maranhense, deixando a resolução do impasse para a Justiça do Trabalho no Maranhão.

O fim da paralisação, que perdurou no sistema urbano por 4 dias consecutivos, chegou ao desfecho depois que a desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 16ª Região, em decisão emergencial e provisória, determinou o reajuste de 7% no salário dos rodoviários e 10% no tíquete alimentação, seguindo a mesma linha do acordado no sistema semiurbano, gerenciado pelo Governo do Estado, que já havia encerrado a paralisação.

Mediante as medidas alternativas preconizadas pelo prefeito Braide em sintonia com a Câmara de Vereadores, que aprovou o projeto encaminhado pelo Executivo para uso do transporte por aplicativo na capital, enquanto durasse a greve, pagando esse serviço com o próprio subsídio repassado aos empresários de ônibus, o imbróglio foi encerrado.

Pelo visto, foi só botar o pé na parede que o prefeito Braide desmontou a velha farsa no sistema de transporte de São Luís em que a população sempre fica refém e volta pra casa pagando uma tarifa maior, sem as devidas mudanças e melhorias emergenciais para o conforto e segurança dos usuários.

Enfim, alguém falou grosso e agora, que venha a proposta de uma nova licitação no transporte público da capital!