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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

MP discute com delegados problemas na Polícia Civil da região do Munim


Foi realizada na quinta-feira (13), na sede da Delegacia Regional de Rosário, uma reunião para discutir os problemas estruturais e de pessoal da Polícia Civil na região do Munim. Pelo Ministério Público do Maranhão, participaram as promotoras de justiça de Rosário, Fabíola Fernandes e Maria Cristina Lobato e de Morros, Érica Beckman, por videoconferência. A Polícia Civil foi representada pelos delegados Leonardo de Oliveira, titular da regional de Rosário, Tatyani Porto Fraga e Rafael  Freire.

As promotoras verificaram que as obras de requalificação da Delegacia estão em andamento, com prazo de conclusão para março de 2025. A expectativa é de que, com a nova estrutura, os profissionais da segurança pública possam trabalhar adequadamente e a sociedade seja atendida num ambiente mais confortável.

As representantes do Ministério Público enfatizaram a necessidade urgente de que a Polícia Civil da região disponha de um número maior de pessoal e de recursos materiais para a prestação de serviços mais eficientes. Foram citadas as carências de delegados titulares e de investigadores nas cidades de Presidente Juscelino e Cachoeira Grande, para o exercício dos trabalhos de investigação em curso, principalmente na análise técnica de dados, e, acima de tudo, de viaturas nas Delegacias de Bacabeira.

INVESTIGAÇÕES

Para as promotoras de justiça, essa situação compromete as investigações, considerando o alto índice de facções na região, a necessidade de resultados rápidos nas provas periciais, agendamento de oitiva de crianças e adolescentes vítimas de crimes em datas mais próximas (atualmente, as investigações de Rosário estão marcadas para junho de 2025), além da urgência na análise de dados a serem extraídos de celulares.

Para a promotora Maria Cristina Lobato, que tem atribuições criminais de controle externo, “a Polícia Civil tem sofrido problemas antigos que repercutem na falta de pessoal e também no acúmulo de respondências por outras Delegacias, por longo período de tempo, comprometendo a titularidade local, além da falta de investigadores”.

Fabiola Fernandes menciona que não é de hoje que se busca essa melhoria para a Polícia Civil, principalmente porque a Regional de Rosário é a entrada dos Lençóis Maranhenses. “Precisamos de investigadores para análise de dados, de viatura em Bacabeira para desenvolvimento do trabalho dos policiais, necessitamos de provas periciais que cheguem no prazo adequado aos inquéritos policiais. Se não houver investimento para ontem em matéria de pessoal e de veículos, não conseguiremos avançar no combate ao crime”, ressaltou.

A promotora Érica Ellen Beckman, titular da Promotoria de Justiça de Morros, que tem Presidente Juscelino e Cachoeira Grande como termos judiciários, também reclamou da falta de delegados e do alto índice de criminalidade na região, principalmente pela ação das facções criminosas. “Isso preocupa a todos nós e requer medidas emergenciais, às quais temos cobrado constantemente em reuniões, ofícios e solicitações enviadas”, afirmou.

Para as promotoras de justiça, as medidas têm que ser adotadas com urgência, pois já foram demonstradas as necessidades para as autoridades do Estado e a sociedade cobra que esses problemas sejam solucionados rapidamente.

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