O Supremo Tribunal Federal inicia nesta segunda-feira (9) o interrogatório do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus acusados de tentativa de Golpe de Estado. As oitivas marcam a reta final da fase de instrução do processo penal.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, os oito integram o "núcleo crucial" da organização criminosa que atuou para a ruptura democrática após a vitória eleitoral de Lula em 2022.
Réus serão ouvidos até sexta-feira
O primeiro a depor será Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada. Os demais, inclusive Bolsonaro, serão interrogados em ordem alfabética, em sessões da Primeira Turma do STF até sexta (13).
A PGR afirma que Bolsonaro liderou ações para minar o sistema eleitoral, pressionar as Forças Armadas e preparar um decreto de ruptura. O grupo teria planejado, inclusive, um atentado contra autoridades.
Mauro Cid, então ajudante de ordens, teria atuado como elo entre Bolsonaro e os demais réus. Ele guardava em seu celular minutas de decretação do golpe e textos de pronunciamento de Bolsonaro.
Conjunto de crimes
A denúncia da PGR inclui cinco crimes:
abolição violenta do Estado Democrático de Direito
tentativa de golpe de Estado
organização criminosa
dano qualificado
deterioração de patrimônio tombado
Com a conclusão dos depoimentos, deve ser aberto um prazo de 15 dias para as alegações finais de defesa e acusação. Com isso, o STF poderá avançar rumo ao julgamento dos envolvidos.
Com informações do Congresso em Foco
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