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sábado, 25 de outubro de 2025

Governo do Maranhão debate com entes federais exploração de bacias maranhenses que fazem parte da Margem Equatorial


No Rio de Janeiro, o Governo do Maranhão participou de duas importantes reuniões nesta sexta-feira (24) para tratar da exploração de petróleo em duas bacias do estado: Pará-Maranhão e Barreirinhas, que integram a Margem Equatorial Brasileira (MEB). O primeiro encontro ocorreu pela manhã, na sede da Petrobras, enquanto a segunda reunião foi realizada à tarde, na sede da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O encontro na sede da Petrobras contou com a presença da presidente da estatal, Magda Chambriard, que recepcionou o presidente da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), Allan Kardec, representante do governador Carlos Brandão.

“Tivemos uma reunião com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e ela vai estudar a oportunidade de investir na Bacia de Barreirinhas e na Bacia Pará-Maranhão. Isso significa investimento em petróleo e gás, como está acontecendo no Amapá, pauta em que o governador Carlos Brandão ajudou muito no Fórum e no Consórcio da Amazônia. Então, temos essa grande novidade, com esse diálogo direto com a Petrobras”, informou o presidente da Gasmar, Allan Kardec.

Entre outros assuntos, foi debatido o licenciamento ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para exploração das duas bacias. As bacias Pará-Maranhão e Barreirinhas são duas das cinco bacias sedimentares que compõem a MEB, peça estratégica do futuro energético brasileiro.

No período da tarde, o presidente da Gasmar, Allan Kardec, se reuniu com o diretor-geral da ANP, Artur Watt. O assunto principal foi a possibilidade de exploração de petróleo nas bacias maranhenses.

“Vamos colocar novos blocos em licitação. Isso quer dizer leilão de petróleo no mar do Maranhão, nas duas bacias que existem, a de Barreirinhas e a do Pará-Maranhão. Nenhuma das duas é em terra, são no mar desse grande território. Conversamos com o diretor-geral da ANP, Artur Watt, que ficou extremamente empolgado. Ele disse que nos informará sobre os estudos que a ANP está fazendo”, relatou Allan Kardec.

Localizadas no território maranhense, as bacias do Pará-Maranhão e de Barreirinhas são vistas como estratégicas para impulsionar o desenvolvimento econômico do estado, especialmente por sua capacidade de gerar empregos, aumentar a arrecadação e reduzir desigualdades sociais em regiões com baixo Produto Interno Bruto (PIB) per capita.

Na quarta-feira (22), o Porto do Itaqui recebeu o navio Ramform Titan, da empresa norueguesa TGS, para realizar pesquisas geológicas nas bacias do Pará-Maranhão e de Barreirinhas.

Atualmente, a TGS conduz dois projetos significativos de aquisição de dados sísmicos 3D na Margem Equatorial, nas bacias de Barreirinhas e Pará-Maranhão, visando expandir o conhecimento geológico da região e colher informações para futuras atividades de exploração e produção de hidrocarbonetos.

Os dados já coletados pelo navio confirmam a existência de grandes estruturas com potencial para acumular hidrocarbonetos, similares, em tamanho, às encontradas na Guiana. Estimativas indicam um potencial de 20 a 30 bilhões de barris de petróleo na região. A exploração e produção de petróleo na Margem Equatorial é uma oportunidade para a geração de novos empregos, renda e melhoria nas condições de vida da população.

MEB

A Margem Equatorial Brasileira é uma extensa faixa litorânea que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, composta por cinco bacias sedimentares: Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.

A região se estende da foz do rio Oiapoque, no extremo norte do Amapá, até o litoral norte do Rio Grande do Norte, abrangendo uma das áreas marítimas mais promissoras do país.

Com reservas potenciais estimadas em até 16 bilhões de barris de petróleo e possibilidade de produção de 1,1 milhão de barris por dia, a região é considerada o “novo Pré-Sal da Amazônia” pela Petrobras e pelo Governo Federal.

No início desta semana, o Ibama autorizou a Petrobras a iniciar a perfuração de um poço de prospecção na região. O local fica a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas e a 175 quilômetros da costa do Amapá.

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