O diretor comercial da Companhia Energética do Maranhão (Cemar), Marcos Almeida, informou que o número de consumidores de baixa renda, que deixarão de ser beneficiados pelo Programa Viva Luz é maior do que o quantitativo divulgado.
Segundo ele, até o fim de março deste ano um total de 164.164 famílias carentes se encontravam cadastradas na faixa de isenção do pagamento da conta de energia elétrica no estado, pois consumiam até 50 Kwh/mês. Com a extinção do Viva Luz pelo governo Flávio Dino (PCdoB), as famílias, antes beneficiadas, terão que pagar a conta, onerando ainda mais o magro orçamento familiar.
Marcos Almeida destacou que Marcos Almeida, no ano em que o Programa Viva Luz foi instituído pela então governadora Roseana Sarney (PMDB) eram 500 mil famílias de baixa renda contempladas, pertencentes à faixa de consumo de até 50 Kwh/mês. Ele explicou que ao longo dos anos, o governo estadual teve de se adequar às mudanças de critérios estabelecidos pelo governo federal para a manutenção do programa social.
Na terça-feira, 26, a Cemar declarou, por meio de nota, que o Decreto baixado pelo governador Flávio Dino, que pôs fim ao programa social "Viva Luz" e, com ele, o fim do benefício da gratuidade da energia elétrica para famílias carentes, foi divulgado no Diário Oficial do Estado desde o dia 7 de abril do corrente ano, mas que só veio a público após denúncia feita no decorrer desta semana pelo deputado Edilázio Junior, na tribuna da Assembleia Legislativa.
Na nota, a Cemar informa ainda que a responsabilidade pelo encerramento é inteiramente do Governo do Estado do Maranhão e que irá acatar a decisão do Executivo estadual. O programa "Viva Luz" foi criado em 2009, durante o governo Roseana Sarney e beneficiava, até dezembro do ano passado, um conjunto de 223.289 famílias de baixa renda no estado, que consumiam até 50Kwh/mês.