Professores da rede estadual de ensino no Maranhão estão cobrando do governador Carlos Brandao (PSB) a correta implementação das progressões e titulações da categoria. As progressões deveriam ter sido implantadas ainda no mês de junho, como parte do acordo judicial pactuado entre o Sinproesemma (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica no Maranhão) e o Governo do Estado, intermediado pelo Ministério Público e homologado na Justiça.
No entanto, os professores alegam que nem com a chegada do espírito natalino de fim de ano, o governador tem se sensibilizado com a causa. Na quarta-feira passada, 13, os educadores paralisaram as atividades para cobrar do Palácio dos Leões a correta implementação das progressões e titulações.
Mais de 6 mil professores estão aptos a progredirem na carreira, segundo a lista de progressões enviada pela Secretaria Estadual de Educação (SEDUC) ao Sinproesemma e também à Secretaria Estadual de Administração (SEAD). No entanto, a SEAD, através do secretário, Guilberth Garçês, progrediu somente 69 professores, após um entendimento equivocado e mudança de metodologia para a concessão do direito que é previsto com todo o seu regramento no Estatuto do Educador.
“Há sete meses o governo do Maranhão vem protelando o pagamento das progressões dos professores. Temos um acordo firmado ao final da greve do início do ano que o governo está descumprindo, desrespeitando o Ministério Público, a Justiça e principalmente os educadores. Pelo acordo, as progressões já deveriam ter sido pagas desde o mês de junho. Mantivemos o diálogo e nos foi prometido que em novembro os professores teriam o seu direito implantado e novamente o governo não concedeu todas as progressões”, esclareceu o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira.
Mediante a não concessão das progressões e titulações de forma correta, a direção estadual do Sinproesemma continuará mobilizando a categoria e posteriormente deliberar sobre o assunto.
“Vamos continuar a nossa mobilização junto aos educadores e esclarecendo a sociedade maranhense o desrespeito do governo do estado com a educação. Vamos convocar a categoria para debater sobre o descumprimento do acordo judicial e deliberar sobre os passos que vamos seguir, não descartando um possível movimento paredista e a não inicialização do ano letivo de 2024. Vamos seguir lutando pelo nosso direito e para isso é necessário que a categoria esteja unida”, finalizou Oliveira.
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