Esquenta a discusão sobre a "propinagem" na Assembleia |
O deputado Bira do Pindaré ponderou que, da forma como a denúncia foi feita, ficaram sob suspeita todos os 42 deputados da Assembleia Legislativa do Maranhão.
“Nós não podemos ficar sem responder à sociedade em relação a este caso. É uma questão muito séria, porque além dos deputados, envolve também empresários, e se tudo isso for verdade, nós estamos diante de uma conduta tipificada no Código Penal Brasileiro de ‘corrupção’, é crime, e nós não podemos aceitar passivamente a pecha de criminosos”, declarou o deputado petista.
A deputada Gardênia Castelo disse que considera lamentável a denúncia de propina: “Exatamente neste momento em que esta Casa instala uma CPI para apurar convênios do então governador Jackson Lago (PDT) com a Prefeitura de São Luís. Convênios estes que estão judicializados estão tramitando na Justiça, já até com decisões recentes, esta mesma Casa esteja sendo acusada de receber propina para aprovar um projeto de lei”, frisou a deputada tucana.
Ela parabenizou o deputado Bira do Pindaré, pela iniciativa de propor uma CPI para apurar de fato esta denúncia: “Nós não podemos permitir que todos aqui sejam acusados de receber propinas para aprovar projetos de leis”, frisou Gardênia Castelo.
O deputados Raimundo Cutrim, Eliziane Gama e Luciano Leitoa também se manifestaram, conclamando a Assembleia a realizar uma investigação para esclarecer devidamente a denúncia de pagamento de propina a um grupo de deputados maranhenses.
Eliziane Gama disse ser totalmente favorável a investigação de suposto ato ilícito. “A denúncia é extremamente grave e merece de todos nós uma atenção diferenciada, para que seja apurada para realmente chegarmos a essa conclusão, se de fato houve o pagamento ou pelo menos o suposto pagamento de propina para a votação desta Casa”, enfatizou.
O líder da Oposição, deputado Marcelo Tavares, defendeu uma investigação que abranja tanto o Poder Legislativo quanto o Poder Executivo. “Ora, o processo legislativo começa na Assembleia e termina no Poder Executivo. O que interessaria o empresariado corromper na Assembleia e não ter a garantia de que o Projeto seria sancionado? Será que o empresariado corrompeu a Assembleia? É isso que nós temos que apurar, mas se vamos apurar, se vamos ouvir as pessoas, eu também quero ouvir os membros do Executivo que fizeram o Projeto de Lei virar lei”, afirmou o líder oposicionista.
Com informações da Assembleia Legislativa
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