Deputado Raimundo Cutrim |
Ele disse que viu colegas parlamentares saírem da sessão para não votar, enquanto outros se abstiveram, três votaram contra e 15 a favor. Reafirmou que, relativamente, São Luís tem o maior índice de criminalidade do país. “Foram 572 assassinatos de janeiro a outubro, 44 por grupo de 100 mil habitantes”, repetiu.
Cutrim voltou a dizer que São Luís vive uma verdadeira guerra civil e ainda tem gente que acha que está bom. “Bom porque não matou seu filho, não matou seu parente”, disparou. Para Cutrim, o recebimento da medalha pelo secretário de Segurança Pública vai ser um fato tão histórico quanto a greve da Polícia Militar depois de 170 anos de existência.
O deputado voltou a lamentar que o secretário com mais alguns delegados tenham tentado envolvê-lo no assassinato do jornalista Décio Sá, coisa “que só na mente dele poderia ter alguma lógica. “Vejam bem, armaram para cima de um deputado, um delegado da Polícia Federal de carreira, que não trabalha só no Maranhão, mas no Brasil todo. Avaliem o que podem fazer com uma pessoa comum” denunciou.
No que diz respeito à acusação de grilagem, à qual se referiu na sessão de ontem, Cutrim afirmou que só vai discutir na Justiça, pois é um negócio tão absurdo que se a gente chega a crer que aqui é terra de ninguém. E disse, ainda, que passou a vida toda prendendo bandido para que se avalie o absurdo de seu envolvimento na morte de Décio.
Acrescentou que, investigando através de seus amigos, tem hoje a certeza de que foi o secretário, com mais dois ou três delegados daquela comissão que participaram de um acordo para que o pistoleiro Jonathan dissesse aquelas palavras. Afirmou mais, que jamais cumprimentou o capitão da Polícia Militar que está preso.
Segundo Cutrim, a aprovação da medalha para Aloísio Mendes implica em desonra para a Assembléia. “Conceder medalha para um cidadão desse é nocivo para a sociedade”, disse Cutrim. Para ele, Aloísio Mendes foi importado do inferno e quer manchar o nome de um cidadão da terra, que tem todo um trabalho realizado no Maranhão e no Brasil.
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