Astro de Ogum, Pereirinha e líder do governo municipal, Osmar Filho |
Ao mesmo tempo em que aconteceu um intenso debate sobre o reajuste de 3% para os servidores públicos municipais, o PCdoB foi colocado na berlinda por alguns vereadores pelo monopólio da Secretaria de Educação (Semed), quando a Câmara de São Luís aprovou com os votos da maioria dos vereadores os novos salários do funcionalismo, retroativos ao mês de fevereiro.
Contando apenas com as manifestações contrárias dos vereadores Rose Sales e Professor Lisboa (ambos do PCdoB), a bancada comunista criticava o percentual apresentado pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC).
O líder do governo municipal, vereador Osmar Filho (PSB), disse ser os 3% o índice possível para reajustar os vencimentos, e argumentou: “temos de diferenciar o justo do possível, e é certo que o prefeito Edivaldo Holanda Junior queria dar um índice justo e maior mas, este é o possível, e de que adiantaria anunciar outro índice maior é não poder pagar depois, atrasar a folha, o que seria um atraso, um retrocesso”.
Após a manifestação de alguns vereadores, no auge da discussão o vereador Nato (PRP) levantou o assunto de que o PCdoB “toma conta da Secretaria da Educação desde o início da administração do prefeito Edivaldo, e até agora a situação continua sendo esta (caótica)”.
Seu colega de bancada Francisco Chaguinhas (PSB) disse que quem faz parte da administração tem de arcar com os ônus e os bônus. Já o vereador Marquinhos (PRB) foi mais longe ao dizer que o PCdoB deveria entregar a pasta da Educação, já que são inúmeros os problemas até então constatados.
Corroborando, Nato falou que quem critica a Secretaria de Educação é a própria vereadora comunista Rose Sales. Por sua vez, ela e Professor Lisboa fizeram a defesa do seu partido, tendo este último feito praticamente um relato histórico das lutas da agremiação, enquanto a parlamentar foi mais pontual e fez uma defesa da aliança local feita por todos que integram a administração municipal.
Rose Sales disse ainda está votando contra os 3% por questão de coerência com o trabalho que vem desenvolvendo ao longo do seu mandato. Sobre Marquinhos ter questionado a administração do atual secretário de Educação (o comunista Geraldo Castro Sobrinho), chegando a chamá-lo de “migueloso” e mentiroso, ela respondeu: “confiamos muito no trabalho e na competência do companheiro Geral, mas o que existe é um problema de gestão administrativa”.
Para que o projeto de reajuste fosse aprovado, a matéria ocupou toda a sessão da manhã de ontem, pois o líder governista, vereador Osmar Filho (PSB), solicitou pedido de urgência, dispensa de prazos e interstícios e os pareceres das comissões de Justiça e Orçamento foram apresentados em plenário favoráveis a proposta.
Diversas questões foram a baila como encontros ou não com o prefeito com os servidores e suas representações, além do comprometimento da receita líquida do município com folha de pagamento, o que inviabiliza o aporte de recursos federais ao erário municipal.
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