A ex-prefeita de Dom Pedro, Maria Arlene Barros (foto), foi presa temporariamente por cinco dias, nesta terça-feira (31), em São Luís, durante a "Operação Imperador", da Polícia Civil, que investiga o envolvimento de gestores públicos com esquemas de agiotagem para fraudar licitações na cidade. A polícia afirma que mais de R$ 5 milhões foram desviados da prefeitura entre 2009 e 2012.
A "Operação Imperador" é um desdobramento da "Operação Detonando", iniciada após o assassinato do jornalista Décio Sá, em 2012, que prendeu os empresários Gláucio Alencar e José Miranda, pai e filho acusados de mandar matar o repórter e de comandar um esquema de agiotagem em 42 prefeituras do Maranhão. Na época, a polícia descobriu que o que motivou o assassinato foi uma postagem, no "Blog do Décio", referente à morte do agiota Fábio Brasil, no Piauí.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil Augusto Barros, que era da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) em 2012, a apreensão de documentos revelou o esquema. "Naquela ocasião, foram apreendidas dezenas de caixas de documentos. Eram cheques contratos, documentos relativos a processos licitatórios. Esses mesmos documentos indicaram que havia ligação estreita daquele grupo de agiotas com diversos gestores e ex-gestores públicos do Maranhão", explicou Barros.
O delegado responsável pela operação Roberto Fortes disse, em entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira, na sede da Secretaria de Segurança Pública, em São Luís, que a polícia chegou aos envolvidos após a análise de documentos e da quebra de sigilo fiscal dos suspeitos.
"Foram identificadas mais de dez empresas em nomes de laranjas com o objetivo fraudar licitações referentes a recursos da merenda escolar, aluguel de máquinas e de carros, e medicamentos", disse.
Com informações do G1 MA
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