Além de discutir como seria feito o acerto no preço do combustível, a investigação do Ministério Público Estadual (MPE) também conseguiu interceptar diálogos entre empresários do setor nos quais eram decididos quanto de água colocar nos combustíveis.
A adição de água na gasolina foi definida após os donos de posto terem tomado conhecimento de que o governo brasileiro importaria etanol dos Estados Unidos (EUA), onde o teor de água é 0,6% maior.
"E o Brasil vai vai importar álcool agora também dos Estados Unidos. Eu vou até botar mais água aqui no anidro, justamente para controlar isso." A afirmação é do ex-presidente do Sindicatos dos Revendedores de Combustíveis do Maranhão, Dileno Tavares e mostra mais uma 'ferramenta' utilizada por donos de postos para aumentarem seus lucros.
Seu interlocutor é outro empresário que responde: "É bom, eu vou botar mais água na gasolina e no álcool, 0,5%" e Dileno responde: "No anidro né? É, porque nesse, nos Estados Unidos já veio com essa quantidade de água" e continua mais adiante: "Aí eles vão aproveitar para igualar aqui! Agora nego escuta esse negócio de botar água, daqui a pouco nego tá colocando água direto aí!". A resposta vem com uma gargalhada.
O "botar água" a que se refere o ex-presidente e seu colega é para que o teor de água nos combustíveis tenham o mesmo percentual do produto importado pelos EUA. Porém, o álcool ainda é nacional e a adição de água configura uma clara alteração de combustível.
Com informações do Imirante
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