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sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Marcial defende abono para professores e apuração criteriosa no caso de suposto assédio sexual do vereador Domingos Paz

O vereador Marcial Lima (Podemos) se manifestou sobre o Projeto de Lei, de iniciativa do Executivo Municipal, que trata da concessão do 14º salário (abono) aos profissionais da rede de ensino de São Luís. Na oportunidade, o parlamentar também reiterou posicionamento já realizado na Casa acerca do suposto caso de assédio sexual que teria sido cometido pelo colega de parlamento, Domingos Paz (Podemos).

Marcial apresentou recomendações feitas pelo Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís, por meio da presidente Sheila Bordalo à Câmara de Vereadores.

“Conversei com a professora Sheila e o sindicato recomenda que a Câmara aprove o projeto sobre o abono salarial, mas ela faz algumas recomendações importantes que eu gostaria de ler. A Semed precisa apresentar nota técnica detalhando os servidores que serão incluídos. Tem que dizer quais servidores serão incluídos. Exemplo: cuidados escolares, monitores de transporte escolar. Os profissionais que citarei, somente se lotados em escolas e se em efetivo exercício. Não podem ser terceirizados ou serviços prestados vigias, merendeiras, auxiliares de serviços gerais. O Fundeb inclui profissionais de Educação concursados ou contratados por seletivo. Isso é o sindicato que está dizendo. Não é opinião minha. Se tiver a nota técnica da Semed como a Secretaria se comprometeu ontem, o PL segue. É importante isso que o Sindicato está encaminhado para a gente”, avaliou Marcial Lima.

CASO DOMINGOS PAZ

Sobre o caso do vereador Domingos Paz, o vereador reiterou posicionamento já realizado na Casa Legislativa. Antes disso, ele explicou que, na condição de jornalista, radialista e cidadão, recebe diariamente denúncias de pessoas que se dizem vítimas de vários tipos de violência.

“Se na rádio eu tenho a posição de combater isso, aqui na Câmara é a mesma coisa. Eu não posso ter uma opinião como radialista e depois ter outra como vereador. A minha opinião é pública. Eu não faço prejulgamento de nada na minha vida, mas o que a gente quer é, acima de tudo, informações muito mais técnicas e oficiais para a gente poder trabalhar o caso”, declarou Marcial.

O vereador ainda disse já ter entrado em contato com o Delegado Geral da Polícia Civil, Jair Paiva, para pedir informações oficiais sobre o caso. Segundo discurso de Marcial Lima, as informações solicitadas contribuirão o processo de afastamento do vereador Domingos Paz que tramita na Casa Legislativa.

“Como jornalista eu não posso me omitir de uma discussão de um tema tão importante. E as pessoas nos cobram uma posição. A posição nossa é exatamente a de que investiguem o caso e que nós possamos ser abastecidos de informação oficial. Não adianta fazer prejulgamento”, assinalou Marcial Lima.

PAPEL DA IMPRENSA

O parlamentar ainda se posicionou sobre o trabalho realizado pelos profissionais de comunicação em relação ao caso Domingos Paz. 

“Não posso condenar meus colegas. O jornalista vive de fundamentos da informação. Quais são os fundamentos de uma notícia? O que, o quem, o para que, o por que, o como. Os colegas que estão cobrindo querem saber o que, o como, o por que, como foi, o que tem. São fundamentos da informação que se aprende em qualquer universidade ou veículo de comunicação que se trabalhe. Da nossa parte, vocês podem ter a certeza que vamos acompanhar este caso de perto e a Câmara não vai se omitir. Nós vamos debater, discutir e tratar do tema com muita responsabilidade”, assegurou Lima.

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