A indicação do nome do deputado federal maranhense, Juscelino Filho (União Brasil), para ocupar o Ministério das Comunicações ainda causa polêmica entre aliados do novo governo do presidente eleito Lula (PT). O parlamentar, de viéis conservador e mais alinhado aos padrões bolsonaristas, tem sido bombardeado por especialistas que atuam no tema das políticas para o setor das comunicações no país.
O ponto crucial do entrave entre aliados petistas e o parlamentar se deve ao fato de que Juscelino votou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, fez coro pela prisão do ex-presidente Lula, atualmente eleito para um terceiro mandato, e era integrante fiel da base do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ingredientes nocivos à política do novo governo petista.
A professora Helena Martins, do curso de Cominicação Social da Universidade Federal do Ceará (UFCE), em entrevista ao portal Brasil de Fato, reage com "profunda indignação" à escolha do nome do deputado Juscelino Filho no Ministério das Comunicações.
Helena Martins, que além de professora atuou no Grupo Técnico da Comunicação de Transição do novo governo Lula, destacou que a indicação do parlamentar é diferente do perfil recomendado pelos especialistas do setor.
"Nós desenhamos uma proposta de ministério que fosse absolutamente ligada à defesa da democracia, um ministério que fosse capaz de desenvolver políticas públicas para a promoção da diversidade e pluralidade na radiodifusão, que tivesse uma atuação no ambiente digital, inclusive que participasse com centralidade do debatede regulação de plataformas", declarou a especialista.
Segundo ela, a escolha de um deputado bolsonarista para o Ministério das Comunicações mostra como o PT e o próprio presidente Lula não compreendem o debate da comunicação e como o setor é fundamental para o desenvolvimento da sociedade. "Não adiante ganhar votos no Congresso e entregar a disputa da sociedade, para qual a comunicação é fundamental", ressaltou a professora Helena Martins.
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