Deputado estadual Sousa Neto diz ter provas do suborno do secretário Márcio Jerry aos indígenas |
O deputado estadual Sousa Neto (PTN) condenou nesta quarta-feira, 8, durante sessão na Assembleia Legislativa, a "forma arbitrária" e principalmente, "antidemocrática", com que estão tratando os indígenas que resolveram, desde ontem, ficar acorrentados na galeria do plenário da Assembleia como forma de protesto às reivindicações ainda não atendidas pelo governo do estado.
Dezenas de representantes indígenas também estão há mais de uma semana em frente ao Palácio dos Leões e representam aldeias de Barra do Corda, Grajaú, Jenipapo dos Vieiras, Itaipava, Amarante e Arame.
Sousa Neto ouviu dos índios reivindicações e se colocou à disposição para cobrá-las do governo, além da denúncia de que estão sofrendo ameaças e que um dos integrantes do grupo está desaparecido.
Durante o discurso, o parlamentar foi taxativo ao afirmar que o secretário Márcio Jerry (Articulação Política) ofereceu propina ao líder indígena para que parassem com a manifestação, coisa repudiada pelo líder.
“Tenho provas. O Márcio Jerry ofereceu propina ao líder indígena, que recusou porque suas reivindicações são de todas as tribos e que ele não poderia receber sozinho, quando isso não seria justo e que precisaria de conversar com todos os líderes”, disse Sousa Neto.
Sousa Neto solicitou que o presidente da Assembleia Legislativa liberasse a entrada dos outros índios que foram barrados no portão da instituição. “Aqui sempre liberaram para outros manifestantes, como professores, policiais (classe que defendo) e bombeiro, agora estão barrando os índios, mesmo que estão usando calça, seguindo o regimento da Casa. Senhor presidente, no Maranhão a democracia é ver os índios acorrentados?”, questionou Sousa Neto.
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