No Maranhão, 6.444 micro e pequenas empresas fecharam as portas neste ano, segundo dados do "Empresômetro" desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Destas, 2.275 declararam fechamento.
Os índices superam os números de 2014, quando 778 empresas fecharam em todo o Estado e, 202, na capital. Segundo o superintendente da Fecomércio, João Torres, as principais causas são as mudanças sofridas no cenário econômico do país recentemente.
"Nós estamos em um quadro econômico onde os juros aumentaram, houve a redução de crédito, a inadimplência e o endividamento aumentaram, então é uma série de fatores que faz com que o consumidor pise no freio na hora de ir às compras e faz com que surjam problemas", explica.
O microempresário Walder Júnior abriu uma franquia de comida mexicana há cinco anos em um shopping. No ano passado, resolveu abrir a segunda em outro shopping, mas não teve fôlego pra manter as duas e a mais antiga fechou. Ele diz que, desde fevereiro, tem sentido o peso dos tributos e a queda do movimento.
"A única forma que nós temos é de controlar todos os custos de forma geral da loja sem perder principalmente a qualidade, né? Do serviço, do produto. Eu vejo esse como um ponto crucial para sobrevivermos a essa crise que estamos passando", diz o empresário.
Aposta na clientela
Com a recessão, os empresários, principalmente os que atuam no setor de alimentos, têm apostado em três ingredientes básicos para atrair a clientela: qualidade, atendimento e controle de gastos. A administradora de RH da microempresa de Walder, Zélia Saraiva, diz que um das formas de manter a clientela indiretamente é cuidar do ambiente de trabalho dos funcionários. Assim, ela garante a qualidade do serviço prestado.
"O nosso público tem prioridade. Então, nós nos reunimos com os garçons , com o atendimento, com o caixa, com o pessoal da cozinha sem fazer distinção", diz.
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