O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que há fortes indícios de "crime de genocídio" que possa ter sido praticado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Em relação aos sofrimentos criminosos impostos aos Yanomamis, há fortes indícios de crime de genocídio e outros crimes, que serão apurados pela Polícia Federal, conforme ofício que enviarei na segunda-feira", declarou.
Além do ministro da Justiça, a bancada do PT na Câmara Federal já protocolou na Procuradoria Geral da República (PGR) uma notícia-crime responsabilizando tanto o ex-presidente Bolsonaro quanto a ex-ministra dos Direitos Humanos e atual senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) pela crise humanitária contra os povos Yanomami, em Roraima.
As justificativas têm como principal ponto o fomento ao garimpo ilegal na região. No sábado passado, 21, uma comitiva liderada pelo presidente Lula (PT) esteve no território Yanomami, onde o chefe da Nação pode observar um surto generalizado de indígenas vítimas da fome, malária e doenças respiratórias.
Segundo especialistas, a atividade intensa do garimpo ilegal tem poluído os rios da região e impedido os indígenas da pesca, fato que tem se traduzido na fome elevada que tem levado a morte dos Yanomami, já que o mercúrio jogado no leito dos rios contamina a água e os peixes, provocando graves intoxicações irreversíveis à saude humana.
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