Os militares ocupam praticamente a metade da lista de 61 nomes com pedido de indiciamento no relatório da CPMI dos Atos Golpistas, apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
Em seu relatório, que será votado nesta quarta-feira, 18, Eliziane sugere ao Ministério Público e à Polícia Federal o indiciamento de 30 militares. Desses, sete são da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Os demais são integrantes das Forças Armadas.
Entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), capitão da reserva do Exército, apontado como o mentor moral e intelectual da tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023.
Também há pedido de investigação contra quatro ex-ministros de Bolsonaro, dois ex-comandantes das Forças Armadas, dois ex-ajudantes de ordens, nove integrantes do Gabinete de Segurança Institucional e outros militares ligados ao ex-presidente da República, além de oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal.
No relatório de 1.333 páginas, Eliziane Gama critica a “herança autoritária” advinda da ditadura militar (1964-1985). “O Oito de Janeiro é resultado da omissão do Exército em desmobilizar acampamentos ilegais que reivindicavam intervenção militar; da ambiguidade das manifestações e notas oficiais das Forças Armadas, que terminavam por encorajar os manifestantes, ao se recusarem a condenar explicitamente os atos que atentavam contra o Estado Democrático de Direito; e de ameaças veladas à independência dos poderes”.
Com informações do Congresso em Foco
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