O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse, em audiência nesta quinta-feira (17) no Senado, que não "registrou" o nome do empresário Adair Meira quando o conheceu. "A memória às vezes falha, eu sou humano", disse. "Quantos ministros, deputados, senadores podem ter usado carro, avião em atividades rotineiras de quem não conhece? Meu erro foi não checar com a apuração que devia. Isso foi o que aconteceu."
Segundo reportagem da revista "Veja", o ministro teria visitado o Maranhão em dezembro de 2009 a bordo de um avião providenciado pelo empresário Adair Meira. O ministro afirmou que foi apresentado a Adair no dia 12 de dezembro, data da viagem ao Estado, pelo ex-secretário Ezequiel Nascimento.
"Eu fui de carona do Ezequiel. Compete ao Ezequiel e a companhia aérea. Eu não sei, eu não pedi a aeronave", afirmou. Ele voltou a dizer que passa por um "linchamento público".
Lupi reuniu-se hoje cinco dos nove integrantes da Executiva do PDT para pedir apoio durante a audiência no Senado.
CRISE - A crise em uma pasta estratégica --tratada como vitrine pelos recordes sucessivos de geração de emprego no país-- começou após reportagem da revista "Veja" no dia 9 de novembro informar o envolvimento de servidores e ex-servidores do ministério em um esquema de cobrança de propinas que revertia recursos para o caixa do PDT.
Após a reportagem, Lupi afastou um dos envolvidos e afirmou que só deixaria o governo "abatido por bala". A presidente não gostou das declarações e ele se retratou logo depois.
No dia 12, uma nova publicação da "Veja" denunciou o uso de avião contratado por um dono de uma rede de Ongs beneficiária de convênios de mais de R$ 10 milhões com o Ministério do Trabalho.
Segundo interlocutores do Planalto, a presidente Dilma estaria esperando que o ministro do Trabalho desse explicações "consistentes" sobre as circunstâncias de sua viagem ao Maranhão em dezembro de 2009.
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