Flávio Dino |
Da coluna Estado Maior
O deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB) resolver escavar ainda mais o fosso que já separa o partido dele de um aliado que poderá se tornar adversário do PDT. Em resumo: o comando do PDT impôs como condição para apoiar a candidatura do comunista Flávio Dino ao governo a indicação de um pedetistapara a vaga ed candidato a vice-governador.
O tal acordo já fez um ano e neste período Flávio Dino não declarou nenhuma vez, apesar das cobranças feitas pelos líderes pedetistas. A indiferença de Dino em relação ao pleito do PDT é tamanha que na semana passada o homem-forte do brizolismo no Maranhão, deputado federal Weverton Rocha, mandou um recado direto aos comunistas: se o PDT não tiver a vaga de vice, poderá seguir outro caminho na corrida eleitoral.
Montados na ideia do "já ganhou" e com sutiliza de elefante, o líder do PCdoB decidiu responder ontem ao líder do PDT. O jovem comunista, em vez de contemporizar e afagar o aliado, usou a arrogância para dizer que a chapa de Dino ainda não tem vice.
Qualquer amador em política sabe que Rubens Júnior não fez tais declarações. Ele foi na verdade portado de um recado mandado pelo chefe del, quase como uma ameaça: o PCdoB não vai dar o vice ao PDT, e fim de papo. E mais algo do tipo: se quiservir, que venha; se não quiser, que vá em frente.
No meio partidário, é sabido que Flávio Dino bateu o martelo por duas alternativas. Uma é fechar chapa com o PSDB, mas sabe que essa possibilidade é remota. A outra é ter como vice alguém do PSB, mesmo que esse partido tenha se afastado da aliança com a presidente Dilma Rousseff.
E, no caso do PDT, eles acham que depois da saída da ex-primeira-dama Clay Lago e seu grupo, o PDT já não serve tanto.
Mas essa é uma crônica que está apenas começando.
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