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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Clima é de medo, desespero e abandono nas vilas Natal e Colier


De O Estado

Já se passaram três dias desde que dezenas de famílias foram expulsas de suas casas na Vila Natal (Coroadinho) e Vila Colier (Pedrinhas) por causa de ameaças de facções criminosas, mas o drama de quem deixou o local e quem permanece em sua residência continua. Quem perdeu o pouco que tinha pensa até em deixar a capital maranhense para começar a vida novamente do zero. Quem ficou, teme pelo futuro nos bairros.

Com os índices de violência elevados, São Luís é hoje destaque no cenário nacional pelo episódio inusitado: dezenas de famílias deixando suas casas, por causa de ameaças de integrantes de facções criminosas, sob a escolta da Polícia Militar na última terça-­feira, dia 16. Até ontem, ainda havia pessoas fazendo a mudança de seus pertences, abandonando as casas em que viveram por anos.

Nos dois bairros, onde houve a evasão dos moradores, as ruas estão desertas. Em apenas algumas casas, moradores olham pelas grades das janelas o movimento das viaturas policiais e as abordagens feitas. Raramente, uma pessoa se dispõe a falar com O Estado, que está acompanhando o caso de perto. Mas a maioria evita a mira do equipamento fotográfico e a mais simples conversa com os repórteres fechando janelas e portas.

Essa atitude por parte dos moradores é compreensível. Durante a cobertura do caso, as equipes já encontraram um homem portando facão e faca na Vila Natal. Ontem, a equipe se deparou com um jovem de um grupo que estava saindo de um matagal na Vila Colier segurando uma pistola envolta em sua camisa. É por medo dessa e de outras situações mais graves, que as pessoas estão deixando para trás a vida que levavam em seus bairros.

O morador da Vila Colier que será identificado, para sua segurança, por E.G.C., deixou a casa com sua esposa e filhos levando apenas a roupa que vestia. Móveis, eletrodomésticos, pertences e documentos ficaram para trás. Hoje, eles estão acomodados separadamente em casas de familiares se preparando para buscar as coisas na casa abandonada.

Em 16 anos de vivência no bairro, ele nunca se viu forçado a deixar tudo para trás, apesar de o bairro ter alto índice de violência. Com as ameaças de facções, ele conta que perdeu a casa, em que investiu R$ 70 mil e o emprego, pois ele trabalhava na região e não tem coragem

“Eu tenho medo pelos meus filhos. Estou desestimulado de ficar aqui em São Luís. Meus planos são de ir embora para outra cidade porque aqui não é seguro em lugar nenhum. Aqui já tivemos perda total mesmo. Vamos começar do zero longe, onde eu possa encontrar uma escola para os meus filhos e a gente não tenha medo de ser morto dentro de casa”, disse.

E.G.C, afirmou que tentará vender a casa. Mas não tem muitas esperanças de que vá conseguir. Como ele ainda não recebeu o salário destemês, está contando com os familiares para manter a esposa e os filhos e ainda pensa como dará outro futuro a eles. “A gente teve que sair da nossa casa por causa da violência. Isso é um absurdo. Esse secretário de segurança não tem pulso para controlar isso”, declarou.

Ainda na Vila Colier, a maioria das casas foi abandonada. Na Rua da Paz, duas residências exemplificam bem o que passam os moradores da comunidade. As casas estão com anúncio de venda e uma delas está com a frente cravejada de balas. Segundo os moradores, a casa foi alvo de integrantes de uma facção. 

Medo 

Na Vila Colier, poucas famílias continuam nas casas trancadas com medo. Um morador, que não quis se identificar, contou que os dois filhos mais novos estão há uma semana sem ir à escola em Pedrinhas, por medo do que pode acontecer. 

Os prejuízos são para toda a família, que vive sob a tensão de ser assassinada, e também para as crianças, que estão afastadas da escola. “A gente não sabe quando vai mandar eles para o colégio de novo. Estamos com medo de sair na porta, porque só ficamos nós e mais umas casas ocupadas. Só vamos sair se conseguirmos vender a casa e do jeito que está ninguém quer comprar, né?”, ressaltou.

Na Vila Natal, no Coroadinho, a tensão também é grande. Poucos moradores continuam no local sob tensão de as ameaças de agressão e morte se concretizarem. Na comunidade, muitas dessas casas que continuam ocupadas são pequenos estabelecimentos comerciais, que estão fechando as portas ainda no início da tarde.

Segundo um comerciante, que não quis se identificar, as filhas ficaram três dias sem ir à escola assim como manteve o estabelecimento fechado durante esse período. São mais de 10 anos no local e ele não tem condições de tirar a família de lá, pois é nessa casa que ele trabalha e tira o sustento da família vem unicamente da renda do ponto comercial.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Reforma e revitalização do CSU da Cohab é reivindicada por Roberto Rocha Junior


O plenário da Câmara de São Luís aprovou, por unanimidade, a indicação do vereador Roberto Rocha Júnior (PSB), direcionada ao Governo do Estado, para que este determine que a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), reforme e revitalize o Centro Social Urbano (CSU) da Cohab. 

Na proposição, o vereador explica que o prédio está com problemas estruturais e isso compromete a qualidade dos serviços que são oferecidos à população.“O objetivo desta indicação é pedir com urgente a reforma da CSU da Cohab, para que a comunidade seja beneficiada com mais qualidade nos serviços oferecidos. Naquele local, a população participa de ações de desenvolvimento social, projetos de desenvolvimento e fortalecimento da cidadania que beneficiam inúmeras pessoas, sendo, portanto, um espaço de grande importância para a comunidade”, disse.

Em 2013, os serviços oferecidos no CSU da Cohab foram suspensos devido à estrutura danificada, problema que se agrava ainda mais durante o período chuvoso. No local funcionam o 4º Juizado Especial Cívil e das Relações de Consumo, o Grupamento de Bombeiros Militar e a 153º Junta de Serviço Militar além de 13 entidades organizacionais e assistenciais.

Justiça determina fechamento do Aterro da Ribeira


O juiz auxiliar Clésio Coelho Cunha, atualmente respondendo pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, determinou ao município de São Luís a interdição definitiva do Aterro da Ribeira. De acordo com a decisão, a interdição deve se dar no dia 25 de julho do corrente. Além de interditar o aterro, o município deve, ainda, impedir “a colocação de quaisquer espécies de resíduos sólidos ou líquidos, ou rejeitos, naquele equipamento público, devendo exercer seu poder de polícia para impedir e reprimir o lançamento desses resíduos por terceiros em um raio de 3 km do aterro, a contar do centro do mesmo". A multa diária para o não cumprimento das determinações é de R$ 10 mil.

Consta, ainda, da decisão que o município tem o prazo de 90 dias para apresentar a Licença Ambiental necessária à desativação do Aterro da Ribeira, devidamente instruída com os estudos ambientais necessários, incluídos aí o tratamento de gases e resíduos líquidos gerados pelo aterro. Tal como “a segurança da contenção de taludes e a redução do equipamento como foco atrativo de pássaros”. 

Ainda, segundo informações, município e Estado devem dar ampla publicidade à decisão judicial, informando a interdição do Aterro a todos os usuários, sob pena de multa de R$ 10 mil. Ordem judicial A decisão judicial atende a cumprimento de sentença de Ação Civil Pública, promovido pelo Ministério Público Estadual contra o Município de São Luís, Companhia de Limpeza e Serviços Urbanos (Coliseu) e Estado do Maranhão. 

De acordo com a decisão, a condenação judicial transitou em julgado, conforme certidão datada de 18 de novembro de 2009. No último dia 12 de junho, o MPE protocolou petição alegando o não cumprimento da ordem judicial e requerendo as medidas determinadas pelo magistrado (prazo para interdição, apresentação de licença ambiental para a desativação, ampla publicidade da decisão por parte do município e Estado).

Colisão

Destacando o desequilíbrio ambiental decorrido do aterro sanitário com o aumento exagerado da população de aves no entorno do Aeroporto de São Luis, e já constatado em sentença judicial, o juiz cita ofício encaminhado ao MPE pelo chefe do Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do Ministério da Defesa, no qual é relatada a colisão de aeronave da TAM com um urubu-de-cabeça-preta, ingerido pelo motor do avião, que obrigou o piloto a desligar o motor atingido.

Segundo o magistrado, consta do documento que, apesar do pouso em segurança, o fato, ocorrido em 23 de agosto de 2014, causou transtornos aos passageiros e à Infraero, além de prejuízos para a companhia aérea. Clésio Cunha destacou, ainda, a afirmação do chefe do serviço constante do ofício de que, apesar de relativamente raros, “os acidentes aeronáuticos causados por colisão com fauna
já vitimaram mais de 450 pessoas no mundo”.

Andrea Murad afirma que secretário reitera prática ilegal sobre emendas


A deputada Andrea Murad (PMDB) foi à tribuna nesta quarta-feira (17) para rebater as críticas do secretário de Assuntos Políticos, Márcio Jerry, que, segundo a parlamentar, além de não esclarecer sobre seu ato ilegal, usou as redes sociais para atacá-la, “desconsiderando, com total falta de equilíbrio político, o papel imprescindível da oposição de fiscalizar os atos do governo”.

Para a deputada, a atitude do secretário braço direito do governador Flávio Dino foi de desespero por causa da gravidade do ofício que ele encaminhou aos deputados informando sobre as emendas.

"Márcio Jerry deu declarações que só piorou a situação dele e comprovou o crime. Ao invés de me atacar e de se desviar do dever de responder as denúncias feitas contra ele, denúncias graves, creio que a justiça não irá se esquivar como ele faz diante da tremenda ilegalidade cometida. Ele vai ter que responder pelo ato que cometeu, porque ele não pode se achar acima da lei e passar por cima dos deputados desta Casa. E vou continuar no meu papel de defender o estado, de defender o tesouro estadual contra essa pessoa que se acha acima de tudo e de todos", disse.

Andrea Murad denunciou que o secretário utilizou de ofício para mudar o destino e os valores das emendas previstas pela Lei Orçamentária 2015, sendo que esta prerrogativa é exclusiva do Legislativo. Na Assembleia Legislativa, a deputada questionou as declarações de Márcio Jerry dadas a um blog e disse que o secretário reiterou a sua prática ilegal sobre as emendas parlamentares, principalmente aos novatos. Nem mesmo através de decreto, como havia declarado, ele poderia alterar o que já foi aprovado pelo Legislativo.

"Ele simplesmente provou sua intenção de praticar um crime contra as finanças  públicas do Estado, e ninguém  diz  absolutamente nada, ninguém fala nada. Ele culpa os líderes dos blocos, mas os  líderes  de  blocos  não têm  condão  para  alterar Lei Orçamentária. E quero saber também quem ele acha que é para decidir dar emendas aos deputados novatos sem aprovação desta casa e sendo eles mesmos os responsáveis por esta Assembleia não ter aprovado as emendas impositivas. Porque nem mesmo por decreto isso pode ser garantido. Está querendo corromper os deputados?  Mas aqui ele não irá repetir o escândalo do mensalão de Brasília comprando parlamentares dessa maneira porque será combatido fortemente e essa Assembleia não se parece com nada do Congresso daquela época. Temos obrigação de aprender com a história", discursou a parlamentar.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Justiça do Maranhão reconhece direitos sucessivos de amante em união paralela


Os desembargadores da 2ª Câmara Cível, por maioria, reconheceram a existência de união estável e os direitos de habilitação no inventário e de dependente, para fins de recebimento de pensão, a uma mulher que manteve relação paralela com um homem casado. A autora recorreu para buscar a declaração da união estável em recurso, após o pedido ter sido julgado improcedente pelo juízo da 4ª Vara da Família de São Luís.

A recorrente afirmou que conviveu publicamente e de forma contínua e duradoura com o falecido, por mais de 15 anos, em condição de marido e mulher, advindo um filho da relação, período no qual ele estaria separado de fato da primeira esposa.

Por sua vez, a primeira esposa sustentou que a autora não teria qualquer direito à herança do marido, uma vez que não comprovou a convivência, além do fato de sua relação com ele contrariar os termos do Código Civil que definem a união estável, que precisa ser estabelecida com o objetivo de constituir família.

O relator do recurso, desembargador Marcelo Carvalho Silva, considerou presentes os requisitos da união estável entre o homem e a companheira, apesar de reconhecer que ele possivelmente não se separou de fato da esposa, concluindo pela existência de duas famílias paralelas.

Ele citou doutrinas e jurisprudências que preveem a possibilidade de reconhecimento de união estável paralela ou simultânea ao casamento, em atenção ao princípio da dignidade humana e à valorização e juridicidade dos laços afetivos, uma vez que o fenômeno é de frequência significativa na realidade brasileira.

“Garantir a proteção a esses grupos familiares não ofende o princípio da monogamia, pois são situações peculiares, idôneas, que se constituem, muitas vezes, com o conhecimento da esposa legítima”, disse ao citar julgamento semelhante do desembargador Lourival Serejo (TJMA), especialista em Direito de Família.

MUDANÇAS SOCIAIS – O desembargador defendeu que o direito de família, por envolver questões afetivas, deve focar no contexto social e refletir a evolução da sociedade, o que também se aplica à união estável. Ele destacou a revolução da Constituição Federal de 88 ao conferir ‘status’ de entidade familiar a uniões antes tidas como “ilegítimas ou moralmente inadequadas”.

“Não se afigura razoável que a mulher, que dedicou sua vida ao companheiro, fique totalmente desamparada no momento em que ela e o filho mais necessitam de auxílio, não se tratando, de forma alguma, de retirar os direitos da esposa”, observou.

VOTO CONTRÁRIO – O desembargador José de Ribamar Castro não acompanhou o voto de Marcelo Carvalho Silva, entendendo que a união estável não ficou caracterizada por não preencher os requisitos previstos no Código Civil, como a necessidade da separação de fato.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Câmara de São Luís lança nota de pesar pelo falecimento do radialista Herbert Fontenele


Ao tomar conhecimento do falecimento do radialista Herbert Fontenele, ocorrido na madrugada desta terça-feira, 16, no Hospital UDI, o presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Astro de Ogum (PMN), emitiu nota de pesar onde manifestou-se sobre o lamentável episódio “que deixou consternada a sociedade maranhense, principalmente, o setor ligado aos esportes”. Ao apresentar sentimento de pêsames, ele destaca a linha de coerência  de “Herbert Fontenele, um comunicador que fez pacto com o talento e a verdade”. 

NOTA DE PESAR

O Herberth Fontenele foi um comunicador que fez pacto com o talento e a verdade. Deixou-nos um grande legado já que sempre se comportou pela linha da coerência, se notabilizando pelo brilho e pelo amor ao trabalho.

Quero em nome da Câmara Municipal de São Luís e de todos os vereadores, manifestar nossos sentimentos de profundo pesar diante do lamentável falecimento de Herbert Fontenele, que deixou consternada a sociedade maranhense, notadamente aquele setor ligado aos assuntos esportivos.

Nessa oportunidade apresentamos nossos sinceros pêsames à família, amigos e todos que compartilhavam do ciclo de relacionamento de Herbert Fontenele, que mesmo sendo natural do Piauí, era maranhense de coração  e uma figura ímpar no jornalismo esportivo do Estado.

Perdemos um grande profissional, uma grande figura humana, um homem que se destacou pelo profissionalismo e pelo carisma. A Câmara Municipal lamenta essa imensa e lamentável perda.

                  GENERVAL MARTINIANO MOREIRA LEITE
                                           PRESIDENTE

Vereador do PSB solicita reforma e ampliação de escola na Vila Fialho

A Câmara de São Luís aprovou requerimento de iniciativa do vereador Roberto Rocha Júnior (PSB), solicitando ao Executivo Municipal, por meio da Secretaria de Educação (Semed), a reforma geral e ampliação da Escola Municipal Olinda Desterro, localizada no bairro da Vila Vicente Fialho. 

Além da reforma, o parlamentar pede ainda que a Semed disponibilize na escola uma sala para servir de laboratório de informática, bem como um instrutor para atender os alunos e auxiliá-los no uso das novas tecnologias da informação.

“Não podemos deixar os alunos da rede pública distantes do universo digital, pois a inserção dessas tecnologias possibilitará a essas crianças e adolescentes mais oportunidades de futuramente inserirem-se no mercado de trabalho”, disse.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Reveja: Governo autoriza licitação para a contratação de jatinho e avião bimotor por R$ 13,9 milhões


De O Estado

O Governo do Estado praticamente dobrou os gastos com o aluguel de aeronaves para a Casa Civil na atual administração, em relação à gestão anterior. O governador comunista autorizou a publicação de edital de licitação para o aluguel de um jatinho e avião bimotor para a Casa Civil, no valor de R$ 13,9 milhões. No governo passado, no entanto, contrato com o mesmo teor com a PMR Táxi Aéreo, que utilizava um jato e um helicóptero, custava R$ 7,4 milhões.

O aumento de gastos no governo Flávio Dino em relação à administração anterior, portanto, é de R$ 6,5 milhões. No início do ano Flávio Dino posou para foto em voo comercial, e afirmou, segundo um dentista, que estava sentado ao seu lado e que publicou o diálogo entre ambos em rede social, que abriria mão de privilégios para reverter o dinheiro gasto com aeronaves em ações de saúde e de educação no estado.

Na ocasião do voo comercial, Flávio Dino chegou a afirmar ao dentista que caso tivesse optado por um jato particular, gastaria o equivalente a R$ 49 mil dos cofres públicos. No edital de licitação publicado pelo Executivo Estadual, o objeto da contratação são um jatinho – identificada como “aeronave asa fixa, biturbina, turbofan –e um bimotor. Em relação ao primeiro, haverá o registro de preço para o uso do jato por 313.200 km, ao custo de R$ 9,6 milhões; no caso do bimotor, o
registro é para 360 horas de voo, por R$ 4,2 milhões.

De acordo com edital publicado pela Comissão Central de Licitação (CCL) do Governo do Estado, as aeronaves serão usadas para deslocamento do governador, do vice­governador Carlos Brandão (PSDB), “bem como das demais autoridades do Executivo Estadual no exercício de suas atividades que envolvem uma agenda intensa e diversificada de compromissos”.

“Considerando a extensão territorial do nosso país onde apenas 40 (quarenta) municípios brasileiros são atendidos pela Aviação Comercial regular e ainda a extensão do nosso Estado com 217 (duzentos e dezessete) municípios torna­se necessária a contratação de meio de transporte imediato, ágil e seguro”, justifica o edital.

Legal

Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado afirmou que “o valor previsto em edital de licitação corresponde a estimativa de preço para o aluguel de um jato e avião de pequeno porte, portanto, não corresponde ao que será efetivamente gasto”. Afirmou também que a contratação será paga conforme a prestação do serviço, ou seja, apenas quando for utilizado.

E completou, afirmando que para o “avião de pequeno porte o aluguel prevê quantidade de horas à disposição do Estado e os valores serão praticados dentro da legalidade e moralidade dos gastos públicos, princípios adotados pelo atual governo”.

O jatinho que Flávio Dino vai contratar, de R$ 9,6 milhões, pelo preço, mais parece um boeing Adriano Sarney (PV), deputado estadual Bancada de oposição pede a Flávio Dino que licitação de jatinho seja cancelada. A bancada de oposição na Assembleia Legislativa criticou o governador Flávio Dino (PCdoB) na sessão de ontem, pela publicação de edital de licitação milionária para o aluguel de um jatinho e avião bimotor para a Casa Civil, e pediu o mediato cancelamento da concorrência pública, que prevê gastos de R$ 13,9 milhões aos cofres do estado.

O deputado Adriano Sarney (PV), apontou falta de coerência entre o discurso e a prática do governador, que no início do ano posou para foto em voo comercial, e afirmou, segundo o dentista que estava sentado ao seu lado, que abriria mão de privilégios para reverter o dinheiro em ações de saúde e de educação no estado.

Na ocasião do voo comercial, Flávio Dino afirmou ao dentista que caso tivesse optado por um jato particular, gastaria o equivalente a R$ 49 mil. “O jatinho que ele vai contratar, custa R$ 73 mil somente numa viagem para o estado de São Paulo. O jatinho custará R$ 9,6 milhões por ano, ao custo de R$ 31 por km, custará a bagatela de R$ 73 mil por voo, por trecho, ou seja, quando calculado a ida e a volta, será de R$ 1346 mil”, afirmou.

Adriano explicou que entende a necessidade de uso, por parte de chefes de estado, de jatos e helicópteros particulares para o deslocamento mais rápido às cidades que compreendem o território governado, mas ponderou que além do elevado valor do contrato que será licitado no Maranhão, foi o próprio governador quem se manifestou contrário a este tipo de contrato. 

“É muita incoerência, depois de todos os ataques que ele fez à ex­governadora Roseana Sarney [PMDB], ainda contratar um jatinho por esse valor, é pura incoerência. Ninguém aqui havia se manifestado contrário a contratação das aeronaves, foi ele próprio quem disse que não ia andar de avião particular. Mas no governo da mudança a única coisa que muda é a palavra dele”, completou.

A deputada Andrea Murad (PMDB) e o deputado Sousa Neto (PTN), também criticaram de forma contundente, a licitação milionária para aluguel de aeronaves no Governo.

Judiciário suspende concurso para professor em Grajaú


A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão manteve liminar da comarca de Grajaú que determinou a suspensão de seletivo marcado pela Prefeitura, para contratação temporária de mil professores, descumprindo a obrigação constitucional de realização de concurso público para acesso aos cargos do quadro de pessoal.

A ação foi proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE), afirmando que o município desde 2013 vem aprovando leis que permitem a contratação de professores temporários, possibilitando os contratos provisórios até mesmo para cargos permanentes. O Município de Grajaú recorreu da liminar alegando que não foi ouvido no processo e a existência de lei local que regulamenta a contratação temporária.

O relator, desembargador Vicente Gomes de Castro (foto), rejeitou os argumentos do Município afirmando que não se trata dos casos em que é necessária a oitiva do ente para decisões que lhe são contrárias.

Ele também refutou os argumentos de que a decisão contraria a Constituição Federal - na medida em que esta prevê a contratação temporária -, destacando doutrina e jurisprudência que estabelecem o respeito a certos requisitos, como a previsão em lei, tempo determinado e necessidade de excepcional interesse público, de forma comprovada. 

Apesar da previsão em lei, entendeu que a contratação se destinaria a atividades de natureza contínua e previsível, cujos cargos precisam ser preenchidos de forma planejada pela administração, através de concurso público.

“Sem sombra de dúvidas a educação é atribuição do ente municipal que, de forma ordinária e permanente, deve sempre disponibilizá-la para a comunidade. Somente em casos excepcionais seria possível a contratação temporária de professores”, concluiu o relator. (Processo 166792015).

Municípios maranhenses perderam quase R$ 40 milhões do FPM


Levantamento elaborado pela Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), com base em informações prestadas pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e Receita Federal, revela que, somente neste primeiro semestre do ano, as prefeituras maranhenses foram prejudicadas com a perda de cerca de R$ 38 milhões do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), cujos repasses são efetuados pela União.

Na última quarta­feira, 10, foi creditada nas contas das prefeituras maranhenses, referente ao primeiro decênio deste mês, a quantia de R$ 131,3 milhões. No mesmo período do ano passado, o valor pago foi de R$ 136,7 milhões, o que representa uma queda de repasse de 3,95% e uma diminuição de mais de R$ 5,4 milhões nos cofres dos municípios.

A situação de crise financeira das cidades maranhenses pode se agravar, ainda mais se confirmadas as previsões da Receita Federal, que mostram que a queda de repasses para os próximos dois decênios deste mês ­ dias 20 e 30 ­ pode ultrapassar a casa dos 11%.

Janeiro foi o mês no qual os municípios maranhenses sofreram a maior perda de repasses do FPM. Foi registrado um decréscimo de R$ 15 milhões nas contas das prefeituras referente ao mesmo período do ano passado.

Em fevereiro, a queda de repasses foi orçada em R$ 6,6 milhões. No mês seguinte, o corte foi de R$ 1,1 milhão. Abril as prefeituras perderam cerca de R$ 3,6 milhões, encerrando o mês de maio com um déficit orçamentário, ocasionado pela diminuição dos repasses por parte da União, de R$ 6,2 milhões.

Números

R$ 38 milhões foi o valor total de perda dos municípios no primeiro semestre de 2015
R$ 15 milhões foi a maior queda nos repasses do FPM, ocorrida no mês de janeiro
11% é a previsão de perda para os próximos repasses do fundo feitos pela União

Com informações de O Estado

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