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sexta-feira, 12 de julho de 2013

CPI encerra trabalhos ao ouvir doze depoimentos

Pedro Lucas aguarda relatório da CPI
O mais forte depoimento à CPI do Bom Peixe foi protagonizado, ontem pela manhã, pelo ex-secretário adjunto de Fazenda de São Luís, Mariano Ferreira de Almeida, que pela primeira vez apontou o nome do ex-prefeito João Castelo (PSDB), como sendo a pessoa que, por meio de telefone, determinou o pagamento de R$ 450 mil à empresa Pacific, no dia 28 de dezembro de 2012, no apagar das luzes da gestão anterior.

Também prestou depoimento, na parte da tarde, o gerente do Banco do Brasil, Carlos Henrique Jogaib, que apenas disse desconhecer o pagamento feito em cheque, mas que encaminhará ofício à Comissão Parlamentar de Inquérito detalhando quem teriam sido os responsáveis pela autorização da ordem de pagamento no banco.

O único depoente, que apesar de ter sido notificado não compareceu à CPI, foi o ex-secretário municipal de Fazenda, José Mario Bittencourt, alegando não se encontrar na cidade para prestar os devidos esclarecimentos. Mesmo sem ouvir o depoente, os membros da comissão decidiram encerrar os trabalhos de apuração dos fatos, com base no relatório da Controladoria Geral do Município (CGM), que aponta desvio de quase R$ 2 milhões na execução do Programa Bom Peixe, na gestão do ex-prefeito João Castelo, sob a coordenação do ex-secretário municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Júlio França (PDT).

Para o presidente da CPI do Bom Peixe, vereador Pedro Lucas Fernandes (PTB), o depoimento do ex-secretário adjunto foi de extrema importância para clarear os fatos. Segundo ele, ao ser indagado sobre quem teria dado a ordem para o pagamento à Pacific, Mariano Ferreira não pestanejou ao afirmar que havia recebido ligação do ex-prefeito João Castelo para que a quitação fosse efetuada. O débito total da Prefeitura com a Pacific é de R$ 1.282.000,00, sendo que apenas R$ 450 mil foram liberados.

“O senhor Mariano (Ferreira) afirmou que a Prefeitura de São Luís é devedora da empresa Pacific, que fornecia o pescado para comercialização, e esclareceu que bastava a assinatura dele e mais um servidor da Semfaz para liberação do recurso. Disse ainda que o ex-titular da secretaria (José Mario Bittencourt) estava presente quando ele assinou a ordem de pagamento para a Pacific. A grande pergunta é por que não foi o próprio secretário quem liberou a quantia de R$ 450mil?”, indagou Pedro Lucas Fernandes.
Convocação de Castelo foi descarta pela CPI.

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