A Estrada de Ferro Carajás (EFC) está interditada desde o início da manhã de hoje (10) por índios da Aldeia Maçaranduba, nas proximidades de Alto Alegre do Pindaré. De acordo com informações, são, aproximadamente, 400 índios, de diversas etnias, que protestam contra o não cumprimento do acordo que atenderia as exigências do grupo, entre as quais, a mudança da diretoria do Distrito Sanitário Especial Indígena no Maranhão.
Um dos manifestantes, Soriano Guajajara, disse ao Imirante.com que o prazo de atendimento das reivindicações era até às 12h dessa terça-feira (9) e, como não houve nenhuma resposta, a Estrada de Ferro Carajás foi novamente interditada.
Por meio de nota a Vale informou que não há viagens programadas para esta quarta-feira e reitera que a manifestação ocorre em função de problemas envolvendo o poder público e os indígenas.
Na semana passada, no dia 5 de julho, policiais federais e militares estiveram na mesma ferrovia, mas, desta vez, no município de Açailândia, para garantir o cumprimento de uma reintegração de posse.
Veja, na íntegra, a nota da Vale:
A Vale informa que a Estrada de Ferro Carajás (EFC) está interditada por indígenas de diversas etnias do Maranhão, no trecho do Km 289. A manifestação não é direcionada à Vale. Os indígenas reclamam que até o momento o poder público não atendeu nenhuma de suas reivindicações por melhorias nas condições de saúde e educação, dentre outras reivindicações.
Hoje, quarta-feira, 10/7, não há viagem no Trem de Passageiros, sendo que o serviço não poderá ser prestado as comunidades enquanto a ferrovia permanecer interditada.
A Vale já obteve decisão de reintegração de posse na Justiça Federal, e aguarda o cumprimento da desocupação da EFC, pois qualquer ato público ou manifestação deve respeitar o Estado Democrático de Direito e o direito constitucional de ir e vir das pessoas que utilizam o transporte público ferroviário.
A Vale respeita o direito de manifestação dos Povos Indígenas e busca estabelecer um relacionamento positivo, construtivo e de confiança mútua com essas comunidades. Contudo, a empresa repudia ações de violência que põe em risco a segurança das pessoas e o patrimônio público e privado.
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