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quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Dino deixa no suspense se houve ou não delação do militar Ronnie Lessa no caso Marielle na PF


O ainda ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, não confirmou nem negou a possível delação premiada do policial militar reformado Ronnie Lessa, no caso que investiga a morte da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

“Houve uma delação [de Élcio de Queiroz] dessa já firmada, já homologada. E é natural, como eu já tenho assinalado aqui, que haja outros atos de investigação. Jamais esse caso ficou parado, há uma equipe dedicada a esse caso, e os desdobramentos dos atos relacionados a aquela delação podem levar, claro, a outras delações”, afirmou Dino, na tarde desta terça-feira (23/1) na sede do ministério.

“Neste momento existe alguma outra delação? Que eu tenha notícia, não. Não há nenhuma delação, porque juridicamente só há delação quando há homologação”, destacou o ministro da Justiça.

“Eu não tenho informações sobre o inquérito policial, porque os delegados que conduzem têm autonomia técnica”, disse Dino em entrevista à GloboNews. Porém, segundo o ministro, “seguramente” não há, neste momento, um ato processual que confirme um acordo de delação premiada entre Ronnie Lessa –ex-policial acusado de matar Marielle– e a PF (Polícia Federal).

“O que eu creio que há, infelizmente, são especulações. Especulações que, às vezes, são irresponsáveis. Às vezes, são especulações interesseiras de quem quer, de algum modo, embaraçar ou macular o trabalho investigativo”, declarou Dino. “Há uma expectativa geral, mas não há neste momento algo que confirme isso e, ao mesmo tempo, não há um prazo", complementou.

Dino apresentou o balanço da sua gestão à frente do Ministério da Justiça e da transição da pasta para o ministro nomeado Ricardo Lewandowski, que assume o cargo no início de fevereiro. Ele toma posse como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em 22 de fevereiro.

Delação premiada

O ex-policial militar Élcio de Queiroz acertou acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), no ano passado. Ele apresentou detalhes dos assassinatos e confirmou que Ronnie Lessa realizou os disparos contra o carro da vereadora Marielle Franco.

Élcio de Queiroz dirigia o Cobalt prata utilizado no dia do crime. Ele está preso desde 2019.

O jornalista Lauro Jardim, do O Globo, informou que o policial reformado Ronnie Lessa fechou um acordo de delação premiada com a PF. No entanto, o ministro da Justiça não informou se o acordo realmente foi selado.

Lessa foi expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) em fevereiro do ano passado. Segundo a corporação, ele descumpriu preceitos éticos e estatutários.

Também sobre o caso Marielle, a Justiça do Rio condenou Ronnie Lessa por crime de destruição de provas. Conforme o MPRJ, o ex-pm e outros quatro condenados jogaram armas no mar da Barra da Tijuca, um ano após a morte da vereadora e do motorista.

Com informações do site Metrópoles

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