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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Herença maldita em Coroatá

Lixo e urubus nas ruas de Coroatá

A “herança” recebida por Teresa Murad, a nova prefeita de Coroatá, da administração municipal anterior foi no mínimo assustadora. O estado caótico em que se encontrava Coroatá em todos os níveis levou a prefeita a decretar estado de emergência no município para enfrentar os inúmeros problemas com que se defrontou ao assumir a Prefeitura no dia 1º de janeiro.

“Eu sabia que a situação era grave, mas nunca pensei que assumisse proporções tão graves”, afirmou Teresa Murad, que continua a ser diariamente confrontada por situações inimagináveis deixadas pela administração anterior, cujas contas bancárias foram bloqueadas pela justiça e levaram o ex-prefeito Luís Amovelar a receber da Justiça medidas restritivas à sua liberdade de movimentos e o obrigaram a prestar contas de suas atividades periodicamente.

A prefeita denuncia que os ex-gestores levaram da prefeitura todos os dados e informações da contabilidade, as fichas dos funcionários, os contratos e convênios, além de deixarem todos os saldos bancários zerados. “É como se a prefeitura não existisse”, lamenta Teresa Murad, que ordenou de imediato a realização de uma rigorosa e exaustiva investigação que permita também identificar e esclarecer as suspeitas que recaem sobre os ex-gestores de terem realizado negócios privados à custa do patrimônio municipal, com terrenos doados a secretários e revendidos “a preço de banana” a empresários amigos em troca de sítios e outros bens para o antigo prefeito, além de terem dado sumiço a dezenas de motos.

A par dessa investigação, a nova administração municipal está promovendo uma auditoria em todos os atos da gestão anterior e que conduziram a cidade ao caos em que se encontrava no momento da transição: “A saúde municipal pura e simplesmente não funcionava, com um hospital de portas fechadas e postos de saúde encerrados; o lixo se amontoava nas ruas; as escolas não tinham condições de funcionamento, com equipamento destruído e fossas sanitárias a céu aberto; a cidade estava sem iluminação pública, enfim Coroatá estava pura e simplesmente abandonada por quem tinha o dever e a obrigação de administrar a cidade”, refere Teresa Murad. “Podem estar certos que não iremos descansar um minuto até responsabilizar quem provocou deliberadamente este caos!”, garante ela.

(Informações são da assessoria)

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