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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Duas opções

José Reinaldo e Flávio Dino nocampo das incertezas
Da coluna Estado Maior

A menos que tenha sido um jogo combinado- o que é uma possibilidade plausível dadas as personagens nele envolvidas-, a revelação feita pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) de que Flávio Dino (PCdoB) deve abrigar no seu palanque o atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como candidato do PSB a presidente da República contra a presidente Dilma Rousseff (PT), que buscará a reeleição liderando a aliança PT/PMDB, o presidente da Embratur foi colocado numa sinuca de bico.

O que chama atenção nas declarações de José Reinaldo é que elas não traduziram uma possibilidade, mas uma posição definida, já previamente negociada e com plenas condições de se tornar fato consumado. Mais atenção ainda chama o fato de que Flávio Dino é o presidente da Embratur, um dos cargos mais cobiçados da República, principalmente pelo glamour que o cerca e por ser um órgão do Executivo.

Se, de fato,vier a apoiar a candidatura de Eduardo Campos contra a presidente Dilma Rousseff, como previu, em tom de anúncio,o ex-governador José Reinaldo Tavares, o ex-deputado federal Flávio Dino estará, já agora, conspirando contra a presidente que lhe deu atenção e o prestígiou com a presidência da Embratur.

O argumento usado pelos partidários de Dino é o de que o fato de o PT estar aliado ao PMDB no Maranhão o autoriza a buscar o apoio do PSB, mesmo que o preço seja o de dar palanque ao governador de Pernambuco. Para muitos, se realmente cultiva a ética como prega, e a ser verdade o que anda contando o ex-governador José Reinaldo, Flávio Dino já deveria ter entregado o cargo e se afastado do governo da presidente Dilma. Mas, surpreendentemente não faz.

Flávio Dino agora tem duas opções. A primeira é confirmar a história de José Reinaldo, assumir sua opção por Eduardo Campos. A outra é desmentir o ex-governador, que é seu padrinho político eleitoral. A primeira hipótese é furta-cor, mas tem lógica política e boa dose de mal caratismo.Já a segunda, se não for confirmada, abre espaço para que se emita mais uma vez um atestado de má-fé política a José Reinaldo.

Vale aguardar.

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