O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), já deu mostras de que não gostou nenhum pouco das últimas declarações, nada amistosas, do ex-presidente Lula contra suas investidas à sucessão presidencial em 2022, além dele ter dado um chega pra lá nos comunistas de plantão.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em recente reunião com o governador Flávio Dino (PCdoB) |
Em entrevista na semana passada à TVT, o ex-presidente Lula deixou suspeições no ar de que o único partido que pode ganhar às próximas eleições presidenciais seria o PT. Questionado pelo jornalista Juca Kfouri se é possível pensar na vitória de um candidato do PCdoB, Lula foi enfático:
"É difícil, e o Flávio Dino sabe disso. Vou dizer para você que é muito difícil imaginar eleger alguém de esquerda sem ser do PT. O PT não é qualquer coisa. (...) Estamos falando do maior partido de esquerda da América Latina".
Percebendo o tom descortês da narrativa do seu principal aliado político de esquerda, Flávio Dino entoou, na segunda-feira, 20, um novo discurso público, após encontro com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em São Paulo, passando a ponderar o "exclusivismo" do PT do ex-presidente Lula, além de flertar com uma frente ampla de partidos para se contrapor à sucessão do presidente Jair Bolsonaro.
"Se nós olharmos a história brasileira, sempre vamos encontrar que avanços democráticos e sociais decorreram de alianças, de frentes políticas, de articulações envolvendo setores com vinculações diferentes. Ou seja, é preciso sempre, consultando a história, entender que nós só vamos retomar um ciclo de desenvolvimento com justiça social no Brasil se o campo progressista, democrático, popular, da esquerda, tiver condições de reeditar, a exemplo desses outros momentos, essas articulações mais amplas", disse Dino.
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