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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Juíza maranhense afirma que num país machista como Brasil a mulher ainda tem baixa representatividade na política

A juíza Lavínia Macedo Coelho, que coordena a Comissão Permanente de Políticas de Gênero e Cidadania do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA), destacou que apesar das mulheres ser maioria da população brasileira (52%), ainda aparecem com representatividade baixa na política.

"Vivemos num país machista e as conquistas das mulheres, inclusive voto, retrata o contexto de que a mulher precisa sair do papel secundário para assumir outros mais relevantes. Fiquei muito feliz quando vi uma mulher ser escolhida como candidata a vice-presidente de uma nação como os Estados Unidos", declarou Lavínia Macedo.

A magistrada participou na noite da última quarta-feira, 12, de um bate-papo ao vivo sobre a representatividade da mulher na política com a jornalista Franci Monteles da Inspirar Comunicação. O conteúdo na íntegra está disponível no perfil @franci_monteles do instragram.

Entre as várias preocupações demonstradas pela magistrada está a falta de incentivo da participação da mulher em vários espaços da sociedade. Lavínia informou com entusiasmo que, para estas eleições, a mulher precisará assinar sua intenção de ser candidata com vistas a evitar fraudes por parte de partidos políticos. Para ela, isso ainda é pouco, mas já é um avanço.

Para exemplificar a baixa participação feminina na política, foi ressaltado que na Câmara dos Deputados, as mulheres ocupam apenas 15% das cadeiras. Na Assembleia Legislativa do Maranhão, das 42 cadeiras, apenas nove mulheres têm assento e na Câmara Municipal de São Luís, o número é de apenas 3 vereadoras num universo de 31 vereadores em plenário.

"Como se não bastasse a baixa representatividade, muitas mulheres também estão sendo usadas como candidatas-laranjas, com registros de candidaturas pelos partidos políticos apenas para cumprir a cota de 30% de participação feminina", enfatizou a juíza Lavínia Coelho.

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